Com
o computador avariado e uma neta nova redescobri as maravilhas da malha que aos
quinze anos me levaram a confecionar praticamente todas as camisolas que
vestia.
Quando
os meus filhos eram pequenos ainda cheguei a fazer qualquer coisita mas nada
que se comparasse à produção dos quinze anos.
Agora,
tantos anos depois, ando a descobrir as maravilhas das pequenas peças, aquelas
que só um bebé pode vestir e que, depois de prontas, me deixam maravilhada com
o que consigo fazer. Talvez seja essa a principal benesse desta minha nova atividade
– a constatação de que continuo pronta a aprender qualquer coisa que considere
um desafio e se concretize, rapidamente, aos meus olhos.
A
minha filha, sempre preocupada com as minhas finanças (como eu a compreendo…)
decidiu que seria um desperdício não aproveitar esta minha vontade de mexer nas
agulhas e deixar a mente divagar para além das palavras e da intelectualidade que
as acompanha, e criou uma página no Facebook para expor e pôr à disposição de
quem estiver interessado, as minhas mais recentes obras. Como se isso não
bastasse, lá me vai lançando desafios em forma de fotografias e de frases como:
Se conseguires fazer isto és a maior, que eu vou superando umas vezes melhor outras pior mas sempre cheia de entusiasmo. Um entusiasmo que
há muito não sentia e que muito bem me tem feito. O nome, foi criação do meu genro, rapaz inteligente que gosta tanto de música que todos os nomes saem musicados - G'anda Malha - não sei de quem fizesse melhor.
Assim,
desde o final de domingo até agora, a página já vai com mais de 200 gostos e
ontem recebi a minha primeira encomenda de dois pares de sapatinhos. O primeiro
já está pronto. Aqui vo-lo deixo.
Quanto
à página – espreitem-na aqui e, já agora, gostem dela por favor.