Não sou uma pessoa pessimista até porque acredito na força das palavras mesmo daquelas que não sendo ditas vagueiam pela mente sem forma física.
Acredito que a vida é aquilo que dela fazemos e que o segredo está na tranquilidade do controle que sobre ela exercemos, e «é aí que a porca torce o rabo».
Estou há meio ano à espera que o banco me diga se empresta ou não o dinheiro para a compra de uma casa que vi em Agosto, uma única vez, e já nem me lembro de que cor são as portas. A resposta veio a semana passada – é positiva. Estou desde aí à espera de a poder ver segunda vez! Nunca vi parto tão difícil!...
Diz que Deus escreve direito por linhas tortas e eu quero acreditar que tudo tem um propósito e que o objectivo joga sempre a nosso favor. Mas olho as notícias e tenho a sensação que regredi à Idade Média, não fora a televisão a recordar-me que não, que afinal estamos no século XXI.
Tenho momentos em que tudo me parece demasiado pequeno para ter importância. Poder-se-ia pensar que isso é bom, é uma forma de despreocupação e de entrega mas a insignificância das coisas arrasta consigo a pergunta: Para quê?! E se não se encontra uma resposta pronta a coisa complica-se porque os braços, mesmo contra vontade, tendem a baixar e as forças a esvaírem-se juntamente com o sentido que, afinal, tudo deve ter e me parece, nesses momentos, imperscrutável.
Entretanto ando há semanas a preparar-me para a partida do meu filho que me diz hoje que telemóvel não, é uma tentação demasiada cara, e que contacto só eventual a partir de um qualquer cibercafé que haverá, com certeza, por essa América do Sul….
Assim mudo de casa mais só do que nunca, excepto talvez quando estava casada porque a pior solidão é aquela que se sente na presença de alguém, e tudo está prestes a mudar, mais uma vez, na minha vida que não pára, o que me vale é provavelmente este coração que é forte, até quando pergunto eu…
4 comentários:
Hoje não tenho palavras. Só um xi-coração.
Até sempre, até ao fim. E vais mudar de casa, mas não sozinha, porque tens família. Vais viver sozinha, só isso. Vou ajudar-te no que for preciso e até lá posso ir muitas vezes, se fizeres almoços bons :p
Vá, não seja lamechas e mude-se lá para a casa nova (estava a ver que não!). ;)
E como diz muito bem, a solidão não tem a ver com o estar acompanhada ou não e aqueles que agora a acompanham, ao pé ou à distância, continuarão a acompanhá-la, ao pé ou à distância! Força e felicidades!
É nesses momentos que vemos de que fibra somos feitos.
E vivam as mudanças!!!
;)
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