Recebi ontem a notícia da morte de alguém que me acompanhou durante muitos anos. Durante toda a minha adolescência, juventude e parte da idade adulta.
Afastámo-nos por incompatibilidade de estilos de vida; de formas de estar; de modos de pensar e de agir que estão para lá do mundano.
Há coisa de uns meses telefonou-me pedindo um encontro, que havia algo para dizer. Respondi que não havia nada para ouvir e recusei.
Morreu sozinho. O seu corpo foi encontrado três dias depois, já em decomposição. Nu; deitado na cama. Foi autopsiado e enterrado em urna selada. A mãe não o pôde ver; ninguém o pôde ver. Na impossibilidade de ser vestido, baixou à terra dentro de um saco de plástico.
Não é a falta que me faz, é a proximidade da morte. Desta morte. Tão solitária; tão anónima; tão precoce. É a proximidade dela que me põe este peso no peito; este mal-estar; esta tristeza.
Afastámo-nos por incompatibilidade de estilos de vida; de formas de estar; de modos de pensar e de agir que estão para lá do mundano.
Há coisa de uns meses telefonou-me pedindo um encontro, que havia algo para dizer. Respondi que não havia nada para ouvir e recusei.
Morreu sozinho. O seu corpo foi encontrado três dias depois, já em decomposição. Nu; deitado na cama. Foi autopsiado e enterrado em urna selada. A mãe não o pôde ver; ninguém o pôde ver. Na impossibilidade de ser vestido, baixou à terra dentro de um saco de plástico.
Não é a falta que me faz, é a proximidade da morte. Desta morte. Tão solitária; tão anónima; tão precoce. É a proximidade dela que me põe este peso no peito; este mal-estar; esta tristeza.
1 comentário:
Puxa. Arrepia de facto...
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