Ontem, quando os homens viviam mais perto da terra, era fácil compreender os amuos do espírito; as tristezas das almas. O sol e as nuvens; o vento e a trovoada, carregavam e descarregavam corações como quem carrega e descarrega uma carroça, mas toda a gente sabia que assim era e, quando o céu se carregava, as gentes preparavam-se para serem, também elas, carregadas.
Hoje, atarefados como andam os homens, assoberbados de afazeres; voam mais do que correm, correm mais do que andam e, de pés levantados do chão, já não sentem a terra. Não ouvem os seus lamentos, não lêem os seus sinais. E a terra, abandonada, não se cansa de chamar.
1 comentário:
A questão é que, amanhã, os homens não vão existir, e a terra, essa, vai.
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