Comove-me o esforço que às vezes fazemos para ultrapassar momentos de dor. A fuga para a frente; o querer acreditar que o que se passa não é suficientemente grave, que não merece a nossa tristeza, que a vida é demasiado curta, como se a tristeza e a dor não fizessem parte dela.
Comovem-me os olhos cheios de lágrimas a acompanhar um sorriso de não se passa nada de grave.
Comovem-me os olhos cheios de lágrimas a acompanhar um sorriso de não se passa nada de grave.
Dói-me a dor minimizada, menosprezada, e dói-me ainda mais por saber que só as grandes dores são merecedoras de tal procedimento.
E temo, quase sempre, as repercussões desse fazer, as possíveis depressões que a fuga tantas vezes traz consigo.
Gostava de poder dizer que a dor, como o prazer, faz parte da vida e que, como ele, deve ser vivida em toda a sua plenitude, porque é essa a única forma de catarse. Não há outra. Todos os recursos paralelos são uma mentira que como gato escondido, terão sempre um rabo de fora que nos lembrará e nos incomodará até quase sempre.
Gostava de poder dizer que quando se foge de algo que existe, somos perseguidos e forçados a aprender a viver assim, na fuga ou no vergar de ombros pelo peso que se carrega.
Gostava de o poder dizer mas não posso, porque há coisas, tantas coisas, que não se ensinam só se aprendem. E cada um tem o seu ritmo.
Mas eu gostava, ainda assim, de poder dizer, porque as pessoas são importante para mim; porque algumas delas são ainda mais importantes e porque não gosto, nem um bocadinho, de as ver sofrer. Por isso, por mim, sofram lá tudo de uma vez, por favor, sofram-no até ao fim, chorem-no, arranquem do peito o que é de arrancar. E depois sarem.
E temo, quase sempre, as repercussões desse fazer, as possíveis depressões que a fuga tantas vezes traz consigo.
Gostava de poder dizer que a dor, como o prazer, faz parte da vida e que, como ele, deve ser vivida em toda a sua plenitude, porque é essa a única forma de catarse. Não há outra. Todos os recursos paralelos são uma mentira que como gato escondido, terão sempre um rabo de fora que nos lembrará e nos incomodará até quase sempre.
Gostava de poder dizer que quando se foge de algo que existe, somos perseguidos e forçados a aprender a viver assim, na fuga ou no vergar de ombros pelo peso que se carrega.
Gostava de o poder dizer mas não posso, porque há coisas, tantas coisas, que não se ensinam só se aprendem. E cada um tem o seu ritmo.
Mas eu gostava, ainda assim, de poder dizer, porque as pessoas são importante para mim; porque algumas delas são ainda mais importantes e porque não gosto, nem um bocadinho, de as ver sofrer. Por isso, por mim, sofram lá tudo de uma vez, por favor, sofram-no até ao fim, chorem-no, arranquem do peito o que é de arrancar. E depois sarem.
1 comentário:
SE fosse assim tão fácil...
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