A crítica é um bichinho que nos mói a todos. É tipo vício. Mais ou menos fundamentada, menos, na maior parte dos casos, grita-nos aos ouvidos sempre que presenciamos algo que não é do nosso agrado ou não condiz com as nossas expectativas.
Todos gostaríamos de ver o mundo à nossa maneira; de olhar para os outros e vê-los como nós, ou não. Ainda há quem ame o diferente; quem se aborreça com a normalização, quem se entusiasme sempre que vê ou ouve algo pela primeira vez. Mas não são muitos.
Depois há os artistas. Aqueles que são capazes de reciclar de forma mais ou menos original. Reciclar, porque criar, ninguém cria. Teria de se partir do nada e ainda não chegámos lá... Recicla-se, portanto, o mais originalmente possível. E por original entende-se, muitas vezes, a repescagem de coisas muito antigas. Quanto mais antigas, melhor – mais esquecidas estão... Importam-se, portanto, ideias; modas e gostos num suposto pioneirismo e originalidade. Se for preciso volta-se à Antiguidade Clássica, não seria a primeira vez…
Os restantes, os que não são artistas mas gostavam de ser, batem palmas e seguem-nos, convencidos que têm ideias próprias e gostos genuínos. Como cada vez há mais «artistas», o resultado é «cada cabeça, cada sentença», e passa-se, amiúdas vezes ou sempre que nos cruzamos com pessoas a quem o «bicho da crítica» mói mais do que aos outros, por situações em que os extremos não se tocam, isto é, somos magros quando «deveríamos» ser gordos; gordos quando «deveríamos» ser magros; morenos quando «deveríamos» ser loiros e loiros quando «deveríamos» ser morenos. Enfim, aquilo que deveríamos, talvez, era ter a consciência da manipulação a que estamos, todos, artistas incluídos, sujeitos diariamente. É que dessa manipulação não nos podemos livrar, mas ter consciência dela seria já um passo atrás que evitaria cairmos no abismo do convencimento de que somos detentores da verdade quando na verdade somos meros transmissores e seguidores desta ou daquela verdade vinda não se sabe bem donde mas não, seguramente, das nossas únicas e individuais cabeças.
Todos gostaríamos de ver o mundo à nossa maneira; de olhar para os outros e vê-los como nós, ou não. Ainda há quem ame o diferente; quem se aborreça com a normalização, quem se entusiasme sempre que vê ou ouve algo pela primeira vez. Mas não são muitos.
Depois há os artistas. Aqueles que são capazes de reciclar de forma mais ou menos original. Reciclar, porque criar, ninguém cria. Teria de se partir do nada e ainda não chegámos lá... Recicla-se, portanto, o mais originalmente possível. E por original entende-se, muitas vezes, a repescagem de coisas muito antigas. Quanto mais antigas, melhor – mais esquecidas estão... Importam-se, portanto, ideias; modas e gostos num suposto pioneirismo e originalidade. Se for preciso volta-se à Antiguidade Clássica, não seria a primeira vez…
Os restantes, os que não são artistas mas gostavam de ser, batem palmas e seguem-nos, convencidos que têm ideias próprias e gostos genuínos. Como cada vez há mais «artistas», o resultado é «cada cabeça, cada sentença», e passa-se, amiúdas vezes ou sempre que nos cruzamos com pessoas a quem o «bicho da crítica» mói mais do que aos outros, por situações em que os extremos não se tocam, isto é, somos magros quando «deveríamos» ser gordos; gordos quando «deveríamos» ser magros; morenos quando «deveríamos» ser loiros e loiros quando «deveríamos» ser morenos. Enfim, aquilo que deveríamos, talvez, era ter a consciência da manipulação a que estamos, todos, artistas incluídos, sujeitos diariamente. É que dessa manipulação não nos podemos livrar, mas ter consciência dela seria já um passo atrás que evitaria cairmos no abismo do convencimento de que somos detentores da verdade quando na verdade somos meros transmissores e seguidores desta ou daquela verdade vinda não se sabe bem donde mas não, seguramente, das nossas únicas e individuais cabeças.
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