O facto de ter os meus pais a viver comigo traz os meus filhos de arrasto.
Agora, dizem eles, é uma casa de família e já há que comer para além do salmão e dos iogurtes de soja.
Quando se vive sozinho compra-se aquilo que se come e pouco mais. Faz-se o mínimo por falta de tempo e os imprevistos sofrem a contradição de terem de ser programados. Hoje voltei à praça. Vamos ser 5 à mesa. Só se perdeu o terraço. Aquele terraço onde se assavam sardinhas. Ganhou-se mais, muito mais.
O meu pai comprou canteiros que dispôs pela varanda para colmatar a falta que o jardim lhe faz. Já não vê tanta televisão como via e dá passeios matutinos pelos campos. Anda feliz.
A minha mãe está mais calma, sente-se apoiada e libertou-se de uma série de tarefas que a cansavam. Diz constantemente que se sente muito melhor.
Só me falta agora a mim, ser capaz de alicerçar o mais solidamente possível esta vida que não anda sem o vil metal e rezar para que tudo corra bem, para que todos os projectos se cumpram e possamos,enfim, viver em paz.
1 comentário:
Até passou a comer melhor!
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