Ontem à noite, já deitada quase a dormir, acordei com os gritos do casal dos cães. Discutiam. Ele falava e falava e falava e nunca mais se calava e o tom de voz sempre a subir…ela lá ia respondendo, por vezes elevava um pouco a voz, com a dele a sobrepor-se. Ela calava-se e era quando ela se calava que se calavam os dois mas o silêncio não durava mais do que um segundo…ele recomeçava…e ralhava e ralhava e ralhava… e aquilo incomodou-me tanto!... e eu já o mandava calar, cá de cima, em surdina – cala-te, por amor de Deus cala-te!...
Tanto que me incomodou!
Há filmes que não quero voltar a ver. Peditórios para os quais nada mais voltarei a dar.
E quando a ouvi chorar dizendo-lhe – vou-me embora, e a porta do quarto a bater, e os soluços dela, sufocados, quase surdos, e o meu coração apertado, apertadinho, o medo cá dentro, a angústia…
A roupa que estenderam no sábado, ainda lá está… deles não sei mas peço a Deus, por favor, não discutam esta noite.
Tanto que me incomodou!
Há filmes que não quero voltar a ver. Peditórios para os quais nada mais voltarei a dar.
E quando a ouvi chorar dizendo-lhe – vou-me embora, e a porta do quarto a bater, e os soluços dela, sufocados, quase surdos, e o meu coração apertado, apertadinho, o medo cá dentro, a angústia…
A roupa que estenderam no sábado, ainda lá está… deles não sei mas peço a Deus, por favor, não discutam esta noite.
2 comentários:
E o cão? ganiu ao menos?
A angústia pelos outros misturada com memórias de outras angústias semelhantes nossas ou que nos tocaram de perto tornam esses episódios autênticos pesadelos. Espero que não discutam esta noite, pois é coisa para tirar o sono a qualquer um... Boa sorte!
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