Hoje em dia fala-se muito da importância do Prazer. Tirar prazer de tudo aquilo que se faz, em oposição à mentalidade retrógrada do Espírito de Sacrifício que pode muito bem ter sido uma das géneses do fado.
Eu própria defendo a importância de procurarmos quem somos e descobrirmos aquilo de que somos capazes para que possamos ser felizes, já que acredito que quem faz o que não gosta tem mais dificuldade em encontrar essa ilusão que a todos nos alimenta – a Felicidade.
Mas o facto é que isso só é válido para as coisas grandes, as mais abrangentes. No dia-a-dia não faltam pequenas coisas, e é de pequenas coisas que o dia-a-dia é feito, que exigem esse tão radicalmente excomungado Espírito de Sacrifício.
Eu não gosto de passar a ferro, não me dá gozo absolutamente nenhum, muito pelo contrário, deixa-me com uma dor de costas descomunal. Mas dá-me um gozo do caraças abrir as gavetas e encontrar aquilo que quero quando quero e pronto a usar. Não gosto de limpar a casa. Mas detesto viver no meio da confusão e da porcaria. E o facto é que não tenho ninguém para fazer essas coisas, ditas menores, que vivem connosco todos os dias e às quais não se dá grande importância porque as temos como garantidas; a não ser, evidentemente, aqueles que as fazem…
Será que na ânsia de mudarmos tudo não exageramos na mensagem que passamos às nossas crianças? Não que isso não seja natural. Sempre que uma mudança ocorre, a balança tende a cair exageradamente para o lado oposto. Mas o facto é que, até reencontrarmos um certo equilíbrio, estamos a transmitir uma mensagem viciada e viciante. Ele há coisas que requerem algum sacrifício – aquelas que no fim do caminho nos podem melhorar substancialmente a vida.
Se calhar valia a pena começarmos a transmitir isto aos miúdos, não vão eles acreditar que se deve baixar os braços sempre que algo não nos agrada. É que ninguém gosta de ser forçado a fazer seja o que for; ninguém gosta de fazer coisas que não fazem sentido; ninguém gosta de ficar com dores de costas. A não ser, evidentemente, que o prémio valha a pena.
Nós somos um bocadinho como os burros, precisamos da visão, a meia distância, de uma pequena cenoura. Em vez de dizermos às nossas crianças - tens de fazer isto, há que descobrir que tipo de cenoura é que as faz mover.
Eu própria defendo a importância de procurarmos quem somos e descobrirmos aquilo de que somos capazes para que possamos ser felizes, já que acredito que quem faz o que não gosta tem mais dificuldade em encontrar essa ilusão que a todos nos alimenta – a Felicidade.
Mas o facto é que isso só é válido para as coisas grandes, as mais abrangentes. No dia-a-dia não faltam pequenas coisas, e é de pequenas coisas que o dia-a-dia é feito, que exigem esse tão radicalmente excomungado Espírito de Sacrifício.
Eu não gosto de passar a ferro, não me dá gozo absolutamente nenhum, muito pelo contrário, deixa-me com uma dor de costas descomunal. Mas dá-me um gozo do caraças abrir as gavetas e encontrar aquilo que quero quando quero e pronto a usar. Não gosto de limpar a casa. Mas detesto viver no meio da confusão e da porcaria. E o facto é que não tenho ninguém para fazer essas coisas, ditas menores, que vivem connosco todos os dias e às quais não se dá grande importância porque as temos como garantidas; a não ser, evidentemente, aqueles que as fazem…
Será que na ânsia de mudarmos tudo não exageramos na mensagem que passamos às nossas crianças? Não que isso não seja natural. Sempre que uma mudança ocorre, a balança tende a cair exageradamente para o lado oposto. Mas o facto é que, até reencontrarmos um certo equilíbrio, estamos a transmitir uma mensagem viciada e viciante. Ele há coisas que requerem algum sacrifício – aquelas que no fim do caminho nos podem melhorar substancialmente a vida.
Se calhar valia a pena começarmos a transmitir isto aos miúdos, não vão eles acreditar que se deve baixar os braços sempre que algo não nos agrada. É que ninguém gosta de ser forçado a fazer seja o que for; ninguém gosta de fazer coisas que não fazem sentido; ninguém gosta de ficar com dores de costas. A não ser, evidentemente, que o prémio valha a pena.
Nós somos um bocadinho como os burros, precisamos da visão, a meia distância, de uma pequena cenoura. Em vez de dizermos às nossas crianças - tens de fazer isto, há que descobrir que tipo de cenoura é que as faz mover.
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