quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Once in a Life Time


Acabei de rever As Pontes de Madison County e, como não podia deixar de ser, acabei a chorar.

Creio que não há ninguém que não sonhe com um amor assim. Homens ou mulheres. Um amor daqueles que acontecem uma vez na vida de quem tem a sorte de se cruzar com ele, o amor. O meu receio prende-se com a hipótese de isso acontecer e não ser identificado por não haver condições, ou por aquelas que existem tenderem a racionalizar de tal forma tudo que acabamos a vulgarizar algo que é único. Será que isso pode acontecer? Cruzarmo-nos com ele e passarmos de lado? Ou será que o poder de um amor assim é tal que não permite a distracção? Se for esse o caso então existem variações desse amor. Estados de quase quase, que abandonamos por vezes de forma leviana, para não nos magoarmos, para não sermos obrigados a prescindir disto ou daquilo. O que aconteceria se não o fizéssemos? O quase quase transformar-se-ia?, ou um amor assim não requer transformação, nasce de combustão espontânea?

Não posso deixar de pensar que, ao criarmos esta nossa forma de estar, corremos muitas vezes o risco de cegar e ensurdecer, e isso assusta-me porque não gostaria de morrer sem ir mais longe do que o quase quase…

4 comentários:

Rapunzel disse...

Filme LINDO! E entendo perfeitamente o que dizes...

CF disse...

Como te percebo. Eu costumo chamar de estado morno, mas ainda assim, para mim, significa mais ou menos o mesmo. Mas sinceramente, eu ando céptica em relação ao assunto; nem sei se existe verdadeiramente, e, se for o caso, deve ser como encontrar uma agulha num palheiro. Mas enfim...

Leididi disse...

O filme é chato e ainda por cima não ficam juntos. Pffff.

Sem Jeito disse...

Adorei o filme e o livro! uma dos meus preferidos