Ontem ao jantar o meu filho falava-me com tamanha convicção de oportunidades de emprego desprezadas por falta de maturidade; do certo e do errado; de determinação e falta dela, que me deixou muda de espanto. Eu olhava-o ali à minha frente e lá estava - o homem em que se tornou! E eu sem dizer nada, como se isso fosse banal! Como se não tivesse importância!
Só hoje compreendi que aquilo que me apertava o peito era um orgulho do tamanho do mundo e que o que me impediu de o manifestar não foi apenas o espanto mas o enorme cansaço com que cheguei ao fim do dia.
Hei-de lembrar-me deste episódio sempre que a tentação de julgar os outros me importunar. É que o que nos parece fácil pode não o ser. Nós somos muito mais influenciados pelas condições que nos rodeiam do que aquilo que parece...
Todos nós somos antagónicos. Todos procuramos, incessantemente, dentro e fora de nós. Todos somos múltiplos. Neste espaço, é a minha multiplicidade que se manifesta.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Cansada fico amorfa
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1 comentário:
Pois é. É um dos nossos grandes inimigos, que nos castra quase sem darmos por isso...
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