Já perdi a conta às vezes que
pendurei estes quadros. Sempre os mesmos. Quase sempre nos mesmos lugares,
obedecendo a uma só filosofia; à mesma lógica ou cultura familiar.
Hoje mudei de estratégia. Até
porque está mais do que provado que a habitual não me tem trazido sorte – pelo menos
não a sorte que eu esperava. Hoje mudaram de lugar. Enfim, nem todos, mas a
maior parte deles.
Para companhia escolhi um cavalo
bestial. Li há pouco tempo que é o meu animal de poder. Devia ter também um
quadro com um urso, já que é o meu animal de proteção.
Ao que parece, ao cavalo vou
buscar poder e liberdade. O poder vem da sabedoria encontrada dentro do Ser,
resultado da sua jornada – o que faz todo o sentido.
Quanto à proteção, parece estar
ligada ao desejo de hibernação – um desejo antigo, que eu sempre tive -, à
necessidade de retiro para recuperar forças.
Infelizmente a vida não se
compadece com as minhas necessidades e é por isso que eu estou empenhada em
transformá-la de forma a não precisar do seu compadecimento. Já faltou mais e,
nessa altura, serei urso sempre que precisar de o ser. Ou ursa, que é mais
adequado.
O curioso é que sempre gostei de
cavalos e, quanto aos ursos, uma vez tive um namorado que me tratava por ursa,
de forma muito carinhosa evidentemente. Sempre acreditei que era por causa do
cabelo.
Mas hoje foi dia de pendurar
quadros e ao contrário de todos os outros dias de pendurar quadros, não
stressei nem me preocupei com a sua distribuição. Ao contrário de todos os
outros dias de pendurar quadros, hoje estou descontraída, paciente e confiante.
Aqui para nós que ninguém nos
ouve – a minha vida está a mudar. Fechou-se um ciclo. Para a frente, tudo será
como eu quiser.
1 comentário:
~
~ ~ As maiores felicidades para o novo ciclo, com poder e liberdade. ~ ~
~ ~ ~ ~ Beijinhos. ~ ~ ~ ~
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