domingo, 31 de janeiro de 2010

Orgulhosa

Afinal este desaire, em conjunto com um trabalho, rendeu-me uma nota final de 14. Escrevi pouco, mas parece que escrevi bem.
E já só falta uma nota...
Tudo indica que afinal sempre consigo «matar» todas e ficar-me pelas frequências sem ter de me preocupar com exames, vamos lá a ver...
Valeu o esforço. O facto é que estou orgulhosa de mim.
Até agora já cá cantam dois 13; dois 14 e um 16. Sendo que um dos 14 há-de mudar quando sair a nota do trabalho que com ele faz média. Et voilá! Resta-me esperar pela última nota que vem de uma senhora que diz que não, que não manda nada para mails de turma, que esperem pelas pautas online que por acaso nem têm estado a funcionar! Isto seria tudo muito engraçado se as segundas épocas não estivessem já a decorrer... Espero bem que ela não me roube esta alegria de estar de férias e com uma preocupação a menos.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Despedidas

É transparente um coração de 77 anos quando se despede dum neto por um período demasiado longo, porque tudo o que ultrapasse uma ou duas semanas é já demasiado longo para um coração de 77 anos.

E as lágrimas soltam-se empurradas pelas batidas aceleradas pela dúvida – Será que o volto a ver? Será que ainda cá estarei quando voltar? - E as palavras que não são ditas estão lá, tão reais como a chuva, para quem as quiser ver.

Foi assim que o meu pai se despediu hoje do meu filho e todos os corações se apertaram, por um e por outro, que isto de viajar é muito bom para quem vai, porque para quem fica…

Xukebox

Hoje estou aqui.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Muito jeitoso!

Tenho andado desanimada com o meu cabelo. Quase um ano depois, se é que não fez mesmo um ano, da última visita ao cabeleireiro lá arranjei espaço para mim e toca de o cortar. Numa de inovação resolvi dar uma oportunidade a um desses cabeleireiros da moda, sabendo de antemão que geralmente não resulta, o meu cabelo é do piorzinho que há e poucos o sabem cortar...enfim, lá fui. E vim chateada que nem um peru! telefonei, protestei e voltei lá. Veio melhor mas aquém de bom.
Como já não podia olhar para ele, nem para mim com ele, hoje decidi prestar-lhe um bocado mais de atenção e de escova em punho vai de dar cabo dos caracóis.
Pois que o resultado final fez-me vir à lembrança uma expressão assim pr'ó antigo, que a minha mãe costumava usar e que eu há anos não ouvia: Ficou muito jeitoso!
Mesmo que assim de repente não pareça uma expressão muito abonatória, é só aparência porque o resultado é bastante satisfatório ainda que só encaixe mesmo nessa expressão. Mais uma vez confirmo que do meu cabelo quem sabe sou eu, porque se os cabeleireiros soubessem tanto como eu os caracóis podiam andar livres e soltos sem me obrigarem a fazer figuras tristes.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Partos dificeis

Não sou uma pessoa pessimista até porque acredito na força das palavras mesmo daquelas que não sendo ditas vagueiam pela mente sem forma física.

Acredito que a vida é aquilo que dela fazemos e que o segredo está na tranquilidade do controle que sobre ela exercemos, e «é aí que a porca torce o rabo».

Estou há meio ano à espera que o banco me diga se empresta ou não o dinheiro para a compra de uma casa que vi em Agosto, uma única vez, e já nem me lembro de que cor são as portas. A resposta veio a semana passada – é positiva. Estou desde aí à espera de a poder ver segunda vez! Nunca vi parto tão difícil!...

Diz que Deus escreve direito por linhas tortas e eu quero acreditar que tudo tem um propósito e que o objectivo joga sempre a nosso favor. Mas olho as notícias e tenho a sensação que regredi à Idade Média, não fora a televisão a recordar-me que não, que afinal estamos no século XXI.

Tenho momentos em que tudo me parece demasiado pequeno para ter importância. Poder-se-ia pensar que isso é bom, é uma forma de despreocupação e de entrega mas a insignificância das coisas arrasta consigo a pergunta: Para quê?! E se não se encontra uma resposta pronta a coisa complica-se porque os braços, mesmo contra vontade, tendem a baixar e as forças a esvaírem-se juntamente com o sentido que, afinal, tudo deve ter e me parece, nesses momentos, imperscrutável.

Entretanto ando há semanas a preparar-me para a partida do meu filho que me diz hoje que telemóvel não, é uma tentação demasiada cara, e que contacto só eventual a partir de um qualquer cibercafé que haverá, com certeza, por essa América do Sul….

Assim mudo de casa mais só do que nunca, excepto talvez quando estava casada porque a pior solidão é aquela que se sente na presença de alguém, e tudo está prestes a mudar, mais uma vez, na minha vida que não pára, o que me vale é provavelmente este coração que é forte, até quando pergunto eu…

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

À pessoa que decidiu enfiar uns quadrados de pedra no meio da relva

Para a próxima veja lá se se informa do tamanho médio dos passos que as pessoas dão.
É que um passo é sempre demasiado longo para um quadrado e demasiado curto para dois! Parecemos todos uns anormais aos saltinhos de pedra em pedra, sem saber se pisar uma, duas ou nenhuma, de olhos postos no chão com medo de tropeçar nos intervalos...enfim, para tudo é preciso alguma técnica, algum cálculo meus senhores, se não esses caminhos não servem para nada!

Espelho

Às vezes esqueço-me da intensidade com que vivo as coisas e da rapidez com que ela se me estampa no rosto.
Ganho e perco anos de um momento para o outro mas não deixo de me surpreender quando me olho ao espelho…

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Isto não está para distrações!...

Só a atenção que tem de se ter para circular neste universo humano, cansa.
Falha-se uma alínea e está tudo lixado. Lá temos nós de andar a mendigar favores, porque nos esquecemos de entregar o papel X dentro do prazo Y, sempre mal anunciado; falha-se a leitura das minúsculas e lá se vão as esperanças implantadas pelas maiúsculas.
Dois olhos não chegam para nos movimentarmos neste mundo, nem dois olhos nem dois ouvidos, Deus deveria ter tido em consideração a enorme capacidade de complicar das criaturas que criou e dever-nos-ia ter equipado com mais um olho a meio da testa e um outro na nuca que nos preparasse para os ataques traseiros. Por muito largas que sejam as costas, ele há ataques que não se aguentam.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Haiti

O fim do mundo deve ser muito semelhante àquilo que está a acontecer no Haiti: catástrofes naturais, seguidas de caos político, social e económico; ausência total de valores humanos tipo salve-se quem puder. Só faltam as pestes...
E não se pense que são os haitianos! é que somos todos assim! vá lá que se salve uma ou duas almas, daquelas mesmo especiais, mais de resto - vai tudo dar ao mesmo. E se nos escandalizamos é só porque continuamos confortavelmente sentados nos nossos sofás em frente à televisão. Porque isto é tudo muito bonito mas é enquanto houver comida pr'á boca; água nas torneiras; energia eléctrica; roupa para vestir e alguns tostões no bolso para uma ou outra avaria...

domingo, 17 de janeiro de 2010

Nunca Mais

«Nunca mais» diz o inocente ao mundo
Quando a dor o consome.
E o Nunca Mais dá o seu último suspiro na Primavera
Quando todas as flores despontam pr’á vida
E a dor, também ela, já morreu de velha.

«Nunca Mais», volta a dizer o ainda inocente
À nova dor que o acorda pr’á vida
E mais uma vez o Nunca Mais morrerá
Levando consigo um pouco mais
Desta inocência quase perdida.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Desaire

Tive ontem o meu primeiro desaire. Desisti a meio da frequência. Agora, ou consigo ir à segunda chamada ou lá se vai o meu propósito de deixar tudo feito neste primeiro semestre...

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Já agora, só mais uma coisinha

.............afinal desisti. Era um disparate................

Não desapareci...

... nem me esqueci. Mas têm-se-me esgotado as palavras. A mim! que até sou de escrever! Têm-se-me esgotado!...
Depois de uma marota de dois dias para acabar um trabalho, uma corrida em flecha para o encadernar e uma condução de doidos para o enfiar num cacifo até às nove da noite (consegui lá chegar às 20:58), estou meia azamboada e ainda me falta um trabalho e duas frequências.
Hoje, nesta correria e nesta angustia que duram desde as 7 da manhã de ontem, é que me convenci que sou, realmente, doida!
E já tenho saudades desde cantinho. Tenho saudades dos vossos textos. Tenho saudades da paz de aqui vir e do bem que me sabe deixar aqui as palavras, que não são minhas mas eu gosto de pensar que sim.
A partir da semana que vem, se tudo correr bem, já descontraio. A não ser que os resultados sejam tão maus que eu ainda tenha de fazer exames...espero que não.
Nestas andanças é que dá para avaliar se a saúde está boa ou assim assim. Se não tive um ataque de coração até às 21 h de hoje, já não terei com certeza.
Fiquem bem todos vocês que ainda vão passando por cá. Prometo recompensas em tempo útil.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Das mulheres portuguesas

As mulheres portuguesas trabalham que nem umas condenadas. Não me arrisco a dizer que são das europeias as que mais trabalham porque não tenho dados para isso, mas são, seguramente, das que mais trabalham.
Mesmo assim continuam a receber salários inferiores aos dos homens.
As mulheres portuguesas têm poucos ou nenhuns filhos. Aquelas que os têm têm-nos tarde.
A população está a envelhecer em toda a Europa, inclusive em Portugal.
Mesmo assim o governo é capaz de aprovar a decisão da TAP de não pagar subsídios àquelas que estiveram de licença de parto.
Das duas uma, ou não sabem o que andam a fazer, ou estão a contar com os filhos dos emigrantes brasileiros, e não só, para rejuvenescer a população.
E se se perguntarem porque é que estou a escrever isto a esta hora, ou como é que eu tomei conhecimento deste facto. É que acabei de tomar o pequeno-almoço e é esse o momento em que aproveito para ver as notícias.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Sem tempo

Quando voltar a ter tempo para ler todos os blogs que tenho deixado de ler com muita pena minha, não conseguirei, com certeza, apanhar o comboio.
2010 começou comigo atulhada em papéis e assim irá continuar por mais algum tempo. Devagar lá vou perdendo os meus leitores e não os censuro por isso, pois se não escrevo aqui nada!...não comento nada"!...não nada... As minhas habituais vindas diárias a este cantinho tão estimado, pelo menos por mim, transformam-se devagar em vindas fortuitas e espaçadas, não que não tenha algo para dizer mas porque as ideias me fogem para dar lugar a outras mais técnicas e prementes.
Prometo voltar com a antiga regularidade e inspiração logo que a crise, que é como quem diz - os testes e os trabalhos, académicos e não só, mo permitam. Até lá façam o favor de ser felizes e aproveitem bem este ano acabadinho de nascer.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

2010

O ano chegou com chuva pelo menos por aqui, mas o dia está de sol, mesmo que seja um sol um pouco fugidio.
Em noites como a esta, gostava de poder estar lá em cima para ver a Terra a soltar fogos de artifício e balões. Deve ser lindo! Ontem estive num lugar privilegiado e consegui ver 6 ao mesmo tempo.