sábado, 23 de maio de 2015

Charneca da Caparica inimiga das gentes

Ele é carros por todo o lado. Carros, carros e mais carros. Vêm da direita, da esquerda, do centro, sei lá mais de onde!





Na Rua das Areias, que mais parece uma avenida, como em tantas outras o alcatrão acaba junto às entradas dos quintais e os carros estacionam rente aos muros das casas.






As ruas, poucas, que dão a quem anda a pé a alegria de terem um pouco de passeio, arrependem-se passados poucos metros e estimam-nos tão pouco que deles só sobram as empedradas bermas. O passeio em si é leito de ervas daninhas tão densas e altas que expulsam o caminhante mais afoito.





Eu gosto de andar a pé. Gosto de agarrar na cadela e passear, meia hora, uma hora, hora e meia. Aqui, na Charneca da Caparica, principalmente aos fins de semana, os nossos passeios transformam-se em pesadelos. Cuidado! Cuidado! é a palavra que a Puca mais ouve da minha boca e já sabe que este som diz que tem de se encolher rente ao muro que estiver mais perto se não quiser ser atropelada por uma dessas viaturas que corre atrasada para o almoço de família.



É triste. É triste que numa terra tão plana, tão cheia de verde e ar de mar não se possam dar passeios a sério, daqueles que não ficam confinados aos espaços privilegiados mas que se estendem por toda a charneca. Afinal, é uma charneca, deveria poder ser percorrida a pé!

2 comentários:

António Anastácio disse...

Boa tarde. Tive hoje conhecimento do seu blogue através da divulgação que dele fez uma minha amiga. Gostei do comentário sobre o estado das ruas e passeios, bem fundamentado e ilustrado. Mais uma voz a juntar-se a muitas outras...Oxalá ele constitua mais uma ferramenta para o objectivo de requalificação que urge fazer. Cump.

Alda Couto disse...

Muito obrigada António pelo seu comentário. Espero, sinceramente, que alguém faça alguma coisa. Como já disse - é uma pena que uma terra como esta não permita a circulação segura de pedestres e bicicletas.