sábado, 26 de dezembro de 2015

Inteireza, verticalidade, unidade e libertação em 2016


A inteireza, a verticalidade, a busca da unidade interior, da coerência possível entre a minha racionalidade e os meus sentimentos por vezes tão contrários e qui ça incompreensíveis até mesmo para mim, sempre me fascinou. Ser inteira apesar do medo sempre foi um objectivo para o meu crescimento e essa vontade um importante atributo naqueles com quem me dou. Nunca busquei, em momento ou lugar algum, justificação ou apoio para essa importância que a minha alma sempre atribuiu a essa qualidade mas hoje ela surgiu-me nas palavras de Tomé:

"Quando fizerdes de dois um e quando tornardes o interior como o exterior e o exterior como o interior, a parte de cima como a de baixo, e fizerdes do homem e da mulher uma só coisa, de modo a que o homem não seja homem e a mulher não seja mulher, quando tiverdes olhos no lugar dos olhos, mãos no lugar das mãos, pés no lugar dos pés, e cara no lugar da cara, então entrareis no Reino!"

Pensem nisto.

Temos uma semana para decidir se 2016 vai ser um ano de Verdade ou apenas mais 365 dias de um faz-de-conta para agradar a todos menos a cada um de nós.

Lembrem-se que aquilo que aceitamos numa espécie de obediência a outros que não nós mesmos não nos atrasa só a nós mas também a esses outros. Sempre que aceitamos a manipulação alheia, mais ou menos descarada, estamos a aceitar que ela pode existir e a dizer aos manipuladores que podem continuar a manipular.

Naturalmente, são sempre aqueles que mais amamos e que mais nos amam que mais recorrem, por medo de nos perder ou de perder a sua ligação connosco, à manipulação. Servem-se de sentimentos profundos para o fazerem e fazem-no, a maior parte das vezes, inconscientemente. Estou a pensar em pais e mãe, em irmãos, em maridos e mulheres, em todos aqueles de quem acreditamos depender a nossa felicidade e a nossa paz. Tantos de nós que vivem presos em caixas no medo de ferir, de perder, de magoar, libertando-se.

Quem ama amará sempre e a libertação dos oprimidos é uma mensagem de amor porque mostra a quem oprime a sua verdadeira humanidade.

Temos uma semana para decidir se 2016 vai ser um ano de uma condescendência que continua a pôr em causa o verdadeiro crescimento que só existe na Liberdade de Ser e na União de quem Somos, ou um ano de libertação.

Lembrem-se que estamos no ano da Misericórdia e que só a Verdade poderá semeá-la nos corações humanos.




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