sábado, 28 de abril de 2012

A importância de se chamar Ernesto





Apresento-lhes o Ernesto.

Já aqui tinha falado dele mas nunca tinham tido o privilégio de o conhecer. Pois aqui está. Lindo de morrer. 

O Ernesto chegou à família há três anos pela mão de uma ex-namorada do meu filho. São assim os filhos…são assim as namoradas. Foi a primeira que por cá passou com caráter de seriedade. Habituei-me a ela, fiz mal. Nunca nos devemos habituar às namoradas dos filhos a não ser que nos digam, Vou casar, ou, na pior das hipóteses, Vou juntar os trapinhos. Mesmo que dure alguns anos, como foi o caso, não convém criar hábitos. Sobretudo quando são do tipo, Não me parece que arranjes outra que te trate tão bem…Sim, porque o Ernesto foi apenas uma amostra da vontade de dar o que se tem e o que se não tem mas gostava de se ter.

Hoje torce a orelha, ele. Ela, ao que parece, ainda não secou as lágrimas.

O Ernesto cá está, cantador como só ele – não se tratasse de um campeão de anilha vermelha. É que a ex não foi de modas, arranjou um campeão. Não é para todos! Ele há homens que só dão valor ao que têm quando perdem! E mulheres, também. Quanto ao nome, foi-lhe atribuído em mútuo acordo no dia em que entrou em casa. Tanto ela, a (ex)namorada, como ele, o filho, são apreciadores de cinema.

2 comentários:

Sputnick disse...

onde é que ponho o LIKE? :)

O Filho disse...

Ernesto é um nome importante. Menos importante o do Wilde - que é uma fraca figura - mais importante o do Hemingway ou o do Guevara. Mas nenhum deles tão sonoro como este.