quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Acordei triste

Eu que sempre vivi com tantas palavras na cabeça, palavras a formar frases, a formar textos; dou comigo de cabeça vazia, sem palavras que exprimam o que sinto sem deixar, contudo, de absorver as ondas que me rodeiam e que me enchem de alegria como de tristeza porque as pessoas são isso mesmo, uma amálgama de alegrias e de tristezas e eu preferia que fossem só alegria, tal é o contágio a que sou sujeita sem querer, sem saber porquê, sem ser capaz de me proteger o suficiente.

Há quem goste de cães. Há até quem diga que quanto mais conhece as pessoas mais gosta dos animais. Eu sempre nutri um franco amor, uma franca admiração, um permanente fascínio pelo bicho Homem.

De todas as criações da Natureza o Homem é aquela que mais me surpreende pela sua diversidade, a sua extraordinária riqueza, a sua multiplicidade que o torna tão extraordinariamente complexo. E tão extraordinariamente poderoso, pelo menos para pessoas permeáveis como eu.

Ferem-me as tristezas que não são minhas. Contagiam-me as alegrias que não possuo.

E é neste carrossel que tantas vezes me vejo e que me leva, tão egoisticamente, a desejar que a alegria more em todos os corações para que possa, também, morar no meu.

2 comentários:

CF disse...

Um sorriso Antígona. Espero que existam muitos corações felizes por aí :)

poveirinha disse...

gostei deste cantinho, voltarei!
Beijo