sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Da falta de solidariedade

Não gosto nem um bocadinho de gente pouco solidária, de gente que, podendo, não ajuda ninguém. Gente assim é mesquinha, egoísta e não merece ter sucesso. Gente que atinge um determinado nível de bem-estar, seja ele social ou económico, e se recusa sistematicamente a partilhar a sua sorte com outros, que se recusa a partilhar os bens que conquistou, é gente que não merece que eles se mantenham nas suas mãos.
Ninguém consegue nada sozinho. Seja o que for que se atinja, atingiu-se porque alguém, nalgum momento, nos deu uma, ou mesmo duas mãos. Recusar as nossas mãos a outros, quando chega a nossa vez, é vergonhoso!
Posso compreender que muitas vezes as lutas para se alcançar um determinado lugar são tão renhidas que nos fica entranhado um medo de perda. Mas há que compreender que quando se estende uma mão, não se perde, ganha-se mais um bocadinho. Fecharmo-nos a nós e às conquistas num abraço apertado do tipo aqui ninguém entra ou, isto é meu e de mais ninguém, revela uma grande insegurança, uma enorme mesquinhez e a ausência do conhecimento do papel que cada um de nós desempenha na sociedade.
Quem não dá, não pode esperar receber e quem se fecha, e estar sentado num poleiro lá no alto é estar fechado, acabará por perder aquilo que conquistou.

3 comentários:

CF disse...

Nem mais :)

Inês disse...

... e depois virá a verdadeira solidão.

Anónimo disse...

Se acreditarmos em karma, o que damos ser-nos-á retribuido.
As pessoas vivem nesse medo de "dar" porque sabem que há sempre quem abuse.
Os humanos são intrinsecamente maus e esse é o resultado do seu ser.
Falo na generalidade. há sempre as excepções que confirmam a regra.