segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Dos juízos

O juízo faz parte de nós. Julgamos tudo e todos a cada passo que damos, até às pedras do caminho, quando as olhamos e avaliamos se nos devemos ou não afastar.
Por vezes ponderamos os nossos juízos. Por vezes não. Às vezes acertamos. Às vezes não. E quando acertamos gostamos de pensar que fomos perspicazes, mas na verdade não fomos porque quase nunca as coisas são óbvias, mesmo aquelas que nos parecem ser.
Quando se trata de julgarmos os outros a coisa ainda se complica mais porque ninguém é como nos parece em determinado momento e os juízos dependem sempre de momentos, é por isso que por vezes levamos uma vida inteira para ajuizar uma pessoa e é bem possível que ela morra sem sabermos exactamente quem ela foi. Basta ouvir aquilo que dela pensam os outros. Abram-se várias bocas a respeito e se duas tiverem a mesma opinião já é uma boa média.
Nunca conheci ninguém que fosse julgado da mesma maneira por duas pessoas diferentes.
Mas o juízo faz parte de nós. É ele que nos vai guiando pela vida e nos vai ajudando a seguirmos em frente ou a desviar-nos deste ou daquele caminho, desta ou daquela pessoa. Às vezes perde-se. Às vezes ganha-se.

2 comentários:

Sandra disse...

Continuo a achar que há juízes a mais e a maior parte deles, sem canudo. É que os que têm canudo, julgam o que lhes compete julgar. Todos os outros, julgam a torto e a direito.
É lamentável é que poucos julguem as suas próprias acções.
:)

Sputnick disse...

De vez em quando devemos deixar o juízo em "stand-by" nem que seja para o recuperar depois :):)