sábado, 3 de abril de 2010

Dizer que sinto vergonha, é pouco. Tristeza. Muita tristeza.

Eu tenho andado mais ou menos calada mas as notícias de hoje fizeram-me sentir que vivo num futuro deserto onde impera o quase caos.
Não há ninguém que se aproveite ou, melhor ainda, aqueles que existem não fazem outra coisa senão aproveitarem-se e aquele sonho muito antigo já, de descentralização, está praticamente morto.
Não há médicos porque a ordem dos médicos quer continuar a controlar o número de crias; todas as zonas que não estejam confinadas às cidades do Porto e de Lisboa estão a morrer devagar e o deserto de que há pouco tempo falou um qualquer ministro passará a ser uma realidade ainda que não situada onde ele o viu…
As vergonhas, se é que existem, andam bem escondidas, a não ser que se manifestem por os actos serem tão vastos que já andam na boca do mundo.
Cada vez se pedem mais sacrifícios a um povo que cada vez tem menos regalias e com tanta corrupção nem a dignidade nos restará.

1 comentário:

João Henrique disse...

Vale sempre a pena acreditar... E que a dignidade, seja sempre o nosso bilhete de identidade.
bom fim de semana.