domingo, 27 de junho de 2010

Ter juizo

A vida exige muita coisa. Exige empenho; exige dedicação; exige amor e entusiasmo; exige alguma inteligência e sorte também, mas exige, acima de tudo, muito juízo.
Perder a cabeça não é tão raro nem tão difícil quanto se possa imaginar. Não depende sequer da idade; tampouco da experiência. Basta um pequeno deslize, estar vivo e gostar de estar, as solicitações são tantas que, quando se dá por isso, já se mudou o rumo; já se enveredou por estranhos caminhos. Estranhos pela ausência de normalidade e estranhos por serem desconhecidos e, quando não se conhece a terra que se pisa, é bem mais difícil encontrar o caminho de volta.
Ter juízo, portanto, é fundamental. Conhecer os próprios limites; saber o que se pode e o que não se pode, ou não se deve. Nunca perder o rumo, eis um dos segredos para levar o barco a bom porto – nunca perder o rumo.

4 comentários:

CF disse...

É de facto precioso esse rumo que falas. Penso, é que por vezes, esse rumo também se pode fazer em terreno desconhecido. Mas posso até estar enganada :)

Alda Couto disse...

Não creio que estejas enganada. Ele pode e deve ser feito em terreno desconhecido. Só não podemos perder o rumo, e, para tal, convém que, pelo caminho, vamos largando algumas sementes :)

XR disse...

Com sementes e fios de Ariadne fazemos as cartas de marear das nossas vidas.


Abraço

Sputnick disse...

Pois pois, mas sabe tão bem perdê-lo de vez em quando... eh eh.