Ao cabo de dois meses de cartas registadas; telefonemas; visitas com direito a duas páginas no livro de reclamações e, não nego, alguns insultos, a Segurança Social emitiu o seu parecer: depois de analisadas todas as reclamações a Segurança Social reconheceu que, na verdade, não existia dívida, isto é, tudo tinha sido SEMPRE pago a tempo e horas mas, ainda assim, nós teríamos de pagar juros de mora e custas, no valor de pouco menos de dezassete euros.
Seguiram-se mais duas cartas para as suas mais altas esferas numa tentativa de compreender porque carga d’água é que nós, não devendo nem N-U-N-C-A tendo devido, tínhamos de pagar custas e JUROS DE MORA!!! Juros de mora de quê?! E terminavam as cartas com uma singela frase em que eu explicava às destinatárias que ele há muitas formas de roubar e que esta, minhas senhoras, seria uma delas…
Mais um mês se passou e ontem, dia de despedida já que hoje penso meter pés, aliás rodas, ao caminho e esquecer-me disto pelo menos por uma semana, vi-me em braços com um nota de pagamento única, com a merda dos dezasseis euros e noventa e tal cêntimos para pagar!
Não é pela importância, evidentemente, é pelo princípio. Se nunca devi, não posso ter acumulado juros de mora. Se não acumulei juros de mora, não tenho de pagar qualquer tipo de custas.
Esta equação parece-me, a mim, mais do que lógica. Por isso, agarrei no telefone e vá de ligar.
Atendeu-me um senhor que depois de ter ouvido o motivo do telefonema me pediu para aguardar que ia passar a quem de direito. Aguardei.
Atendeu-me um senhor que depois de ter ouvido o motivo do telefonema me pediu para aguardar que ia passar a quem de direito. Aguardei.
Ele voltou passado um bocadinho. Que a colega não estava. Ia passar a outra.
Voltou passado um bocado. A outra também não estava. «Mas a senhora se não se importa vai-me deixar todos os dados que, mais tarde, entraremos em contacto.»
Voltou passado um bocado. A outra também não estava. «Mas a senhora se não se importa vai-me deixar todos os dados que, mais tarde, entraremos em contacto.»
E eu vá de desabafar: e porque assim; e porque assado; inadmissível…e blablablabla…tome lá o número do processo; e porque ainda por cima mandam-me uma coisa a dia 27 com prazo limite a 31, é claro que só recebi depois do prazo limite, mas ainda assim NÃO PAGO, não quero saber se são só dezassete euros. Não tenho nada de pagar!
Esteja descansada, dizia-me ele, que entraremos em contacto. E com quem falei? pergunto eu que gosto de tomar nota destas coisas todas. Com o vigilante P.V., responde-me ele despreocupadamente!
1 comentário:
Lol. Também falo muitas vezes com o securita do IEFP. Com todo o respeito que tenho por ele, não é decerto com ele que preciso de falar quando contacto os serviços. Bom descanso Antígona :)
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