sábado, 19 de junho de 2010

Do Tempo

Apercebo-me da sua passagem nos aniversários; nos pagamentos dos seguros anuais; nas inspecções periódicas do carro...
E é assim o Tempo, esta ilusão marcada por invenções só nossas, muito nossas. Creio que se elas não existissem, nem dávamos por ele, pelo Tempo.
Hoje uma mulher virou-se para mim, assim do nada, e disse, Tem uma pele tão bonita! e eu nem percebi à primeira, Desculpe?! A sua pele, repetiu ela enquanto me inspeccionava a viatura, é tão lisinha, tão bonita! sem marcas, nem manchas!
Agradeci-lhe (que mais havia eu de fazer?) e pensei cá para mim, E nem sabes que idade tenho!
E foi aí que duvidei da sua existência e pensei que talvez ele, o Tempo, esteja conforme ao nosso estado de espírito.

2 comentários:

CF disse...

E está. Pelo menos enquanto acreditares nisso :):)
( Eu por cá não tenho pele lisa. Tenho dezenas de sardas, e estou com inveja :) )

João Henrique disse...

É como diz. Os anos nunca são o tempo no espelho.
Cumprimentos.