Vamos lá a ver se sou capaz de organizar as ideias de uma forma coerente. Ultimamente sinto-me uma panela com o conteúdo em ebulição, as partículas todas ao deus dará - para cima e para baixo, para os lados - doidas que só elas, a exigirem-me um esforço titânico para as identificar porque as malucas agem como se fizessem todas parte de um mesmo corpo.
Por exemplo, lembram-se daquela anedota, sem graça nenhuma diga-se de passagem, em que um gajo qualquer dizia a outro que lhe tinha morrido a família toda como intróito do anúncio da morte do pai? Qualquer coisa como: morreu a tua família toda, estou a brincar, foi só o teu pai. Pois ultimamente não me tem saído da cabeça! É que um gajo (neste caso, uma gaja) corre o risco de ficar contente com a novidade!... Ser só o pai sempre é melhor do que ser a família toda. Mas e se o pai for, efectivamente, o principal representante da família?! Se o pai for o coração daquilo tudo e a família sem ele se desmoronar?! Ter morrido o pai não significará que a médio prazo morrerá também o resto da família?!
Estão a ver o que eu quis dizer quando comecei estas linhas? É isto! Uma maçada de ideias!
Uma outra coisa que me tem assolado a paciência é a questão do medo. Já falei aqui várias vezes dele mas, sinceramente, acho-o tão importante que nunca é de mais. Reparem na forma como este tipo pode ser útil! Não só no exemplo acima, esse fará sempre parte dos hors d’oeuvre, mas, por exemplo, no seu contrário. Eu explico: o exemplo acima joga com o choque inicial, o domínio perpetuado joga-se com a capacidade de fazer crer ao outro, ou outros, que, a solução que nos é apontada é o menor dos males; a única capaz de nos manter; de nos semi-salvar (semi porque já não há solução total possível, diz quem nos aponta a dita…). E assim, desta maneira, são as bases enganadas, mantidas numa ignorância conveniente, sossegadas e, por mais uns tempos, obedientes...
...e depois não me saem da cabeça aquelas imagens do Matrix em que as pessoas à superfície andam todas contentinhas, muito direitas e conformadas, convencidas que o mundo é assim...
Bom, vou ficar por aqui. Isto só tende a piorar...(refiro-me, evidentemente, à minha capacidade para organizar as ideias.)
1 comentário:
Os gajos da troika bem podiam ser os da foto.
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