Tem uns dedos compridos numas mãos de homem. Ao contrário do pai que tem mãos pequenas, quase delicadas não fossem os pêlos que as cobrem. As unhas, essas, têm o formato das do progenitor, quase quadradas não acompanham a linha esguia dos dedos. Quando era mais novo, irritava o hábito que tinha de arrancar as peles secas que as circundam. Sangrava, e as crostas que se formavam no fechamento da ferida pediam constantemente para ser esgravatadas, cada vez mais secas.
Não perdeu esse hábito. Sei-o porque lhe vejo as feridas nos cantos das unhas. As peles por haver. As unhas desprotegidas. Lá nisso, saiu à mãe.
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