As situações sucedem-se (não quero chamar-lhes problemas para não dar azar), enfiadas umas nas outras como se a vida fosse apenas isso mesmo – uma correnteza de situações atadas umas às outras com episódios engraçados pelo meio e cujo número varia no sentido descendente, a maior parte das vezes.
Acreditando num futuro e hipotético sossego, dedico os meus dias a abafá-las, que é como quem diz, a resolvê-las, às situações, na presa que acabem, na ânsia do sossego. Em vão. Atrás de uma vem a outra! As sacanas não param de aparecer.
Foi neste quadro que acordei esta manhã – a pensar nas ditas, na perda de energias e no despropósito, já para não falar no engano a que o universo pode incorrer sempre que ponho tanto entusiasmo na sua resolução – Olha, esta gosta disto! A vida para ela é isto mesmo, embora lá dar-lhe mais do mesmo!
E foi nesse momento que acordei.
Não gosto nada. Não quero nada. Quero outra coisa. Quero férias; quero sossego; quero praia; quero amigos; quero até namorar, se for caso disso; é isso que quero. Não quero situações a empecilhar-me a vida ou a tirarem-me o sono. Mas, já que elas fazem, também, parte da dita e, por isso mesmo, nunca me livrarei delas, nem eu nem ninguém, decidi deixar de lhes dar importância. Pelo menos para já.
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