Há que tempos que as horas dos seus passeios diários não coincidem com as dos seus amigos – os que já fez e aqueles que fará assim que a oportunidade surgir.
Empoleirada na varanda, chora ao vê-los passar, os que já são, e grita para quem não conhece ainda na esperança de se fazer conhecida.
Lá fora, procura ansiosamente as marcas frescas de quem por lá passou, na esperança de decifrar mensagens, cartas que lhe deem novas dos seus amigos e, sempre que encontra alguma, agacha-se para lhe responder.
Eu limito-me a parar à espera que o seu olfato as identifique e lá vou abrindo exceções quando ela, à minha frente, se apressa no rasto.
Sem comentários:
Enviar um comentário