Tenho à minha frente o Nº x de uma revista cultural cujo tema é Arte e Design. A revista é composta de vários artigos, uns mais longos do que outros, de autores nacionais e estrangeiros. A minha missão é a de a rever.
Os artigos traduzidos, dos autores estrangeiros, são claros, directos, entendíveis até para um leigo que de Arte e Design nada saiba. Alguns até têm o condão de prender o leitor mais curioso.
Pois bem, vamos para os nacionais! Atenção que ainda não acabei o trabalho, podendo, por isso, estar a generalizar injustamente mas, até agora, como são os artigos escritos pelos autores portugueses?
Pois bem, vamos para os nacionais! Atenção que ainda não acabei o trabalho, podendo, por isso, estar a generalizar injustamente mas, até agora, como são os artigos escritos pelos autores portugueses?
* Carregados (mas carregados ao ponto de ser obrigatório ter ao lado a página das notas já que elas se sucedem umas às outras!), de referências a autores estrangeiros. Do estilo: Fulano diz isto; sicrano diz aquilo e o beltrano então! Nem se fala! (mas fala-se…). É como se não tivessem opinião própria ou, simplesmente, não a quisessem dar e gastam páginas e páginas a enunciar o que os outros disseram.
* E fazem-no numa linguagem de bradar aos céus; num intrincado de termos e frases que parecem existir só para nos confundir ou para esconder o pouco que sabe o autor sobre a «coisa»…
* Last but not least como diriam os nossos amigos britânicos, numa completa ignorância no que à acentuação diz respeito! Atenção que não se trata de ausência de acentuação. Trata-se de acentuação deficiente…
* E fazem-no numa linguagem de bradar aos céus; num intrincado de termos e frases que parecem existir só para nos confundir ou para esconder o pouco que sabe o autor sobre a «coisa»…
* Last but not least como diriam os nossos amigos britânicos, numa completa ignorância no que à acentuação diz respeito! Atenção que não se trata de ausência de acentuação. Trata-se de acentuação deficiente…
Que tal acrescentarmos à já demasiado extensa lista de disciplinas e matérias (algumas com um francamente baixo nível de utilidade) uma que ensinasse os portugueses a serem Práticos; Directos e Objectivos? Se gostam de pensar, pensem, mas pensem com objectividade, racionalizem os pensamentos, estruturem-nos, não divaguem que para divagar temos os rios, os montes e os pôr-do-sol que são tão lindos! E as paixões também… tanta coisa com a qual podemos e devemos divagar, não lhes parece?
2 comentários:
Concordo, embora também eu por vezes, me perca em divagações. Evito porém fazê-lo, em textos profissionais. Sorrisos, e bom fim de semana :)
Acho que isso apenas demonstra a verdadeira (falta de) intenção de comunicação com o leitor.
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