quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

"Prognósticos, só depois do jogo"

Não me recordo de nenhuma ocasião em que tenha tido sucesso quando, na eminência de uma escolha, sacrifiquei o presente em prol de um futuro imaginado.
Abdicar do que se tem, acreditando que o futuro poderá ser mais brilhante, é brincar aos adivinhos. O futuro está tão grávido de imprevistos que aqueles que alguma vez acreditaram ser capazes de o programar, desenganaram-se. O mais longe que podemos ir é na tentativa de garantir que ele seja, quando chegar, o mais confortável possível e, mesmo assim, nunca estaremos livres de uma qualquer partida que nos queira pregar…
Portanto, construir o presente com todos os sentidos direccionados para nada mais do que o presente é, creio eu, a melhor forma de viver e construir, já que o futuro é, e sempre será, uma terrível incógnita.
Quanto à sensação de impotência e de pequenez que esta perspectiva traz a todos aqueles que se alimentam do controle, o melhor que têm a fazer é aceitar a vossa (e nossa) pequenez e seguirem em frente, dando tudo por tudo para terem o que desejam HOJE e JÁ, ao invés de amanhã que pode ser nunca.

1 comentário:

Alexandre Isaac Salomão disse...

Concordo. É fundamental entender que todos os dias são uma dádiva, que ninguém, nem nenhum acontecimento, têm hora marcada. É também necessário aceitar a imprevisibilidade da vida e do tempo. O entendimento destas duas verdades básicas liberta da expectativa, oferecendo a liberdade e a predisposição para desfrutar do presente.