Aprendi que enquanto por cá andar o tempo é meu;
que a maior parte das minhas zangas são comigo mesma;
que fico intratável sempre que vou contra a minha natureza;
que no desapego existe mais espaço para a paz e para o amor,
e assim, há mais no menos e menos no mais (mas mesmo assim eu quero mais).
Aprendi que a força é necessária quando se perde, mais do que para se ganhar,
e por isso não entendo porque é que há mais gente a perder.
Aprendi o quão importante é a consciência da precariedade. Porque tudo é passageiro, mesmo aquilo que teimamos em agarrar. Aliás, aprendi a importância da consciência, ponto.
Aprendi que apesar da falsidade do “nunca é tarde” aquilo que podemos ou não fazer depende mais da nossa vontade do que das circunstâncias,
e que sempre que a nossa vontade é fraca nos desculpamos com elas, as circunstâncias.
Aprendi que a paciência é um bem preciosíssimo.
Aprendi que crescer nem sempre é sinónimo de conspurcação, empedernecimento ou sabedoria.
Aprendi que a minha maior aquisição se prende com tudo aquilo que aprendi relativamente à minha pessoa e que tudo aquilo por que passei e passo, e tudo aquilo que me esforço por aprender, tem em vista apenas o conhecimento de mim e da forma como este ser que sou eu quer experienciar este momento que é a vida.
Eis o que aprendi, desde o dia em que nasci até ao dia de hoje. Faz, precisamente, 53 anos.
4 comentários:
Huuuum, ena, beijinhos. Apito logo. Nestas coisas gosto muito do viva voz. Um bom dia Antígona :)
e eu aprendi que a meta que tenho que estabelecer para mim mesmo é ter metade da tua força e da tua coragem. Parabéns mãezinha, tenho muito orgulho em ti! :)
O melhor post, lido até hoje. O do Duarte. Grande Mr.X!!!!!
Venho tarde, mas venho sempre!
Que estes dias se repitam sempre e que continuemos a aprender assim tantao... Um beijinho do fundo da alma!
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