Olho para uma fotografia com um corte de cabelo que me entristeceu, um corte daqueles que não deixa sossegar enquanto uma pessoa não se vê livre dele. A minha filha, pelo contrário, sempre me disse que era um bom corte, um excelente corte, nunca tinha tido um tão bom. Olho a foto que tem já dois anos e me veio parar à mão, vinda de quem a tirou e a guardou revelando-a passado este tempo, e fico a olhar o tal corte de cabelo e a pensar que sim, que a minha filha é que teve sempre razão mas não é o mesmo corte que eu via todos os dias quando me olhava ao espelho! Nunca é!
Os olhares mudam tanto, mas tanto que chega a ser assustador!, como se os objectos olhados fossem outros e não os mesmos! E como são importantes, os olhares! Eu sou aquilo que em mim vejo e sou mais ainda quando aquilo que em mim é, é visto pelos olhos dos outros.
3 comentários:
Não me digas que é a foto do Baía? :):)
Foi a foto que me enviaste, penso que não é no Baía, ou é?
É no Baía pois, numa daquelas 4as de tertúlia:
Enviar um comentário