O mundo está quase todo pior do que eu, pelo menos aquele mundo que todos os dias salta do écran televisivo, mas mesmo assim não me consigo livrar deste nó que me embrulha o estômago nem do cavalo que me habita o peito e que, de vez em quando pela calada da noite, desata a galopar sem rumo roubando-me oxigénio e paz.
Em nada ajuda este terror do amanhã. O que é que interessa o amanhã se não for capaz de construir hoje, agora, todos os dias? É disso que o amanhã depende e é isso que não me canso de gritar, ao nó e ao cavalo, mas os estupores apanham-me à noite, à hora em que a mente dorme e assaltam-me, assim…
Não é fácil construir um estado de espírito firme na sua fé, convicto na sua crença, tão convicto que todo o organismo aja dentro de uma realidade positiva porque sabe, de fonte segura, que tudo vai correr bem e nada pode correr mal. Porque sabe, de fonte segura, que seja o que for que aconteça, muito depende de mim e o resto da ausência do medo. Afinal de contas qual é a pior coisa que me pode acontecer?!
3 comentários:
Querida Antígona, só em meia dúzia de linhas, que o assunto tem pano pra mangas. O medo, é um dos nossos piores inimigos, e a noite, sabe disso. Unem-se os dois, de quando em vez, para nos atermentarem a alma, que, se mais vacilante, fica à mercê. De nada nos vale, e sei que tu sabes. Por vezes, porém, não conseguimos controlar. Minha avó dizia, se consegues resolver, não te preocupes, porque se resolve. Se não consegues, não te preocupes também, porque não vais resolver de forma alguma. Nessas alturas, repito isto para mim...
Aos nós desato-os, aos cavalos liberto-os
Entendo-te. É um bocado como aquela frase do - quando pensamos que temos todas as respostas, vem a vida, e muda todas a perguntas. Bjs
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