Consegui chegar a casa, sã e salva. Não fiquei temporariamente retida no meio da estrada que serpenteia pela mata e que subo e desço todos os dias, apesar do aviso laranja no mostrador do tablier me ter alertado, há mais, bem mais!, de 24 horas, para a fraca autonomia do automóvel. Também acabei por não dar por mal empregues as horas que dediquei a um trabalho que perdi, instantaneamente, por não o ter guardado num local apropriado. E também dessa situação saí ilesa apesar de ter passado pela cabeça dos meus colegas estrangularam-me ali, sem dó nem piedade. Sobreviverei, com certeza, ao facto de não ter pequenos-almoços para os próximos dias por não me ter despachado a tempo de passar pelo supermercado para os comprar, e agora só para a semana, e para a semana vou estar novamente tão disparatadamente ocupada que, mais uma vez, não terei tempo para isso. Vou ainda sobreviver ao assédio da multidão de mediadores que há mais de 12 horas não pára de me importunar porque me enganei na colocação de um anúncio e cliquei no sítio errado.
Mas a pior de todas estas coisas que passam por falta de tempo, é a falta de tempo que tenho tido para pensar. É essa que mais falta me faz. Talvez por isso eu aproveite aqueles momentos “mortos” em que, sentada ao volante, parto do estúpido principio que o automóvel já conhece o caminho e faço como o velho que se deixou conduzir pelo burro e acabou multado. Multada será o menos…
E entre a falta que me faz o pensar, todas as consequências que advêm de não o fazer e decidir pensar nos momentos em que é suposto existir, venha o diabo e escolha.
Tomara que fosse Agosto!
2 comentários:
Puxa, eu podia ter escrito este final. O resto não, mas qualquer coisa parecido sairia. Sinto tanto a falta de tempo actualmente. Acho que como nunca o tinha sentido antes. Quanto a essa do Agosto, é à emigrante. É giro :):)
To hell with them.
À emigrante essa tá boa LOL!!!
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