Nos EUA anda gente a construir bunkers de todos os tamanhos
e feitios para se precaver contra o fim do mundo.
Pergunto-me que tipo de sentimento, ou instinto, nos leva a
querer sobreviver seja de que forma for. Não será, creio eu, o instinto de
sobrevivência da espécie já que esse, ao que parece, se manifesta em cima do
acontecimento ou sexualmente – ainda que já existam algumas teorias que deitam
por terra o instinto de sobrevivência como motor sexual (e se não existem
deveriam existir).
Assim, que paranóia é essa de levar parte da vida, alguns
uma grande parte dela, a arquitetar uma forma de não morrer?! Não será essa uma
forma de não vida? Porque é que é tão importante que sobrevivamos num cenário
de catástrofe terminal? O que é que a nossa espécie tem assim de tão
fundamental? A capacidade de dar cabo disto? Quando aprenderemos a respeitar a
vida tal como ela se nos oferece e deixamos essa megalomania de controlar tudo excepto,
tantas vezes, nós mesmos?
Por mim, dispenso bunkers. Até porque não me agrada mesmo
nada a ideia de viver num mundo destruído. Ele já como está, sabe Deus!... Se
me tirarem o pouco que ainda existe de natureza sã, de bondade, de respeito, de
ordem, de moral, de ética enfim, de humanidade, prefiro, sinceramente, fazer
parte dos que partem.
2 comentários:
Sabes, o nosso mundo é feito de pessoas que se interligam, que estabelecem laços, que se amam ou odeiam. Não somos ilhas, nem podemos viver sem ser em sociedade, com todos os defeitos que tenha. Não faz sentido tentarmos sobreviver ao fim do mundo. O fim do mundo é "ponto final" para todos.
Um abraço
João
Antígona, faço minhas as tuas palavras. Somos o que somos, no mundo que se conhece. O que seríamos em outro? Não sei. E não, não ambiciono saber...
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