Os automóveis avançam em câmara lenta e quase que param
quando se cruzam, dando tempo a que os condutores se fixem, troquem olhares e guardem,
talvez para sempre, as imagens daquele momento. Um momento que carrega uma vida
inteira – sonhos, alegrias, amarguras, precipitações, incompreensões,
impossibilidades…
Ignorância! Ei-la! A nossa pior inimiga. Sempre.
Que espécie de força, que tipo de energia transporta a vida
real para imagens cinematográficas? Em que circunstâncias e com que frequência
pode isto acontecer? Esta realidade de filme na realidade da vida?
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