Estive a ver uma sequência de imagens extraordinárias.
Aliás, há imagens verdadeiramente surpreendentes, muitas delas mistos de
natureza e humanidade, construções harmónicas, não necessariamente da autoria
de Frank Lloyd Wright mas ainda assim, surpreendentes.
Estive a ver uma sequência de imagens de outros lugares,
outras culturas e civilizações. Imagens longínquas que despertam sempre algum
desejo. Desejo de estar lá e não aqui. De viver ali, naquelas casas. De me
deitar naquelas camas. De pisar aqueles chãos. Sentir a sombra daquelas
árvores.
Estive a ver uma sequência de imagens que me transportou aos
momentos em que a luz através das cortinas de salas alheias despertavam em mim
fantasias impossíveis. Certezas de que dentro daquelas casas, à luz daquelas
luzes, por detrás daquelas cortinas a vida só podia ser surpreendente. Muito
mais surpreendente do que aquela por detrás das minhas cortinas. E mais
acolhedora. Sempre mais acolhedora. Como o são, aliás, todas as casas alheias.
Há um outro exercício, também ele muitíssimo interessante,
ao qual me dediquei hoje, enquanto observava uma sequência de imagens extraordinárias.
Trata-se de colocar o que é meu naquilo que não é. Por outras palavras,
encontrar, não as diferenças, mas as semelhanças. É um exercício extraordinário
que, tal como as imagens, me consegue transportar para um estado de espírito
fantasioso, talvez, mas de uma fantasia muito mais alcançável.
1 comentário:
A esse, raras vezes nos dedicamos. Mas devíamos...
Boa Páscoa, Antígona :)
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