sexta-feira, 29 de março de 2013

A galinha da vizinha, afinal, é tão boa como a minha


Estive a ver uma sequência de imagens extraordinárias. Aliás, há imagens verdadeiramente surpreendentes, muitas delas mistos de natureza e humanidade, construções harmónicas, não necessariamente da autoria de Frank Lloyd Wright mas ainda assim, surpreendentes.
Estive a ver uma sequência de imagens de outros lugares, outras culturas e civilizações. Imagens longínquas que despertam sempre algum desejo. Desejo de estar lá e não aqui. De viver ali, naquelas casas. De me deitar naquelas camas. De pisar aqueles chãos. Sentir a sombra daquelas árvores.
Estive a ver uma sequência de imagens que me transportou aos momentos em que a luz através das cortinas de salas alheias despertavam em mim fantasias impossíveis. Certezas de que dentro daquelas casas, à luz daquelas luzes, por detrás daquelas cortinas a vida só podia ser surpreendente. Muito mais surpreendente do que aquela por detrás das minhas cortinas. E mais acolhedora. Sempre mais acolhedora. Como o são, aliás, todas as casas alheias.
Há um outro exercício, também ele muitíssimo interessante, ao qual me dediquei hoje, enquanto observava uma sequência de imagens extraordinárias. Trata-se de colocar o que é meu naquilo que não é. Por outras palavras, encontrar, não as diferenças, mas as semelhanças. É um exercício extraordinário que, tal como as imagens, me consegue transportar para um estado de espírito fantasioso, talvez, mas de uma fantasia muito mais alcançável.
 

1 comentário:

CF disse...

A esse, raras vezes nos dedicamos. Mas devíamos...

Boa Páscoa, Antígona :)