Viajar não é importante, é essencial. Quem viaja vê os seus
horizontes expandidos. Quem viaja cresce, amplia a perceção que tem de si, do mundo e do
seu lugar no mundo. Quem viaja relativiza tudo muito mais, ao mesmo tempo que
solidifica o seu ser porque nós tendemos a apoderar-nos daquilo que conhecemos
e quanto mais conhecermos mais universais nos tornamos, mais sólidos, mais
inteiros, mais humanos.
Quem se move em pequenas áreas onde tudo é sempre
igual, fica pequeno também. Salvo muito raras exceções, como por exemplo
Fernando Pessoa que conseguiu explorar o universo entre as paredes apertadas do
seu minúsculo apartamento. Mas esse viveu uma parte importante da sua vida na África do Sul, numa época em que viajar, aí sim, não era para todos. Para além disso era um génio.
É claro que também existem
aqueles que viajam sem darem por isso. Aqueles que se limitam a apanhar aviões,
comboios ou estradas para ir de um lugar ao outro, pouco se importando com as
distâncias. Aqueles que não olham à sua volta, ou quando o fazem nada veem.
Também existem esses, claro. Mas são exceções. Nada mais que exceções.
Todos os
jovens deveriam ter um programa de viagem antes de completarem os estudos ou
imediatamente a seguir a eles. E deveria ser proibido a qualquer pessoa
permanecer no mesmo lugar durante toda a sua vida, que é como quem diz,
deveriam ser dadas condições a todos para que pudessem viajar, pelo menos uma
vez por ano.
Viajar não deveria ser um luxo, mas uma necessidade. O
conhecimento só se instala verdadeiramente quando vem agarrado à experiência.
Viajem. Saiam daqui.
4 comentários:
Concordo contigo. Viajar é uma necessidade. Não tão visível como outras, mas uma delas. E por vezes não é valorizada, mas encarada como um luxo. Como se só o corpo físico merecesse viver...
Ai, viajar é tão bom... Acho que há bem uns 10 anos que não passava uma Páscoa sem laurear a pevide, nem que fosse o vá para fora cá dentro, mas este ano o calendário escolar não se conseguiu adequar ao do trabalho do mariducho. E o que nos temos queixado...
Viajar, deveria ser um direito, mas, no actual contexto, quantos direitos mais essenciais, nos são tirados?
Ainda a propósito das viagens: as minhas primeiras grande viagens foram através das histórias do Tintin. O Hergé tratou de me levar a destinos, que mais tarde vim a comprovar, ele retratava com incrível rigor.
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