é basicamente libertarmo-nos, independentizarmo-nos, autonomizarmo-nos.
Pelo
menos para mim.
A maturidade
passa pela transformação do eu preciso para o eu amo; do eu preciso para o eu
estou porque gosto de estar, porque isso me dá prazer.
A libertação, o
desapego de tudo aquilo que não poderemos nunca levar connosco, é fundamental
para um verdadeiro crescimento e, dado que não é fácil, é raro. A maior parte
de nós faz o percurso inverso – vai-se agarrando cada vez mais à terra, mesmo
sabendo que está por cá provisoriamente -, e arranja como justificação para essa
incapacidade de libertação, a necessidade de deixar legado, esquecendo-se que
a maior parte das vezes, se não todas, os filhos desprezam o que lhes é deixado,
por preferirem, tal como os seus antecessores, viver a sua própria vida e
acumular as suas próprias merdas.
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