domingo, 21 de julho de 2013

Dos sonhos, das guerras e da inocência

Existe no sonhador uma certa inocência que permite aos destruidores de sonhos  tomar nas suas próprias mãos o poder da realização ou não realização dos mesmos.
 
Não basta sonhar para que as coisas aconteçam. Não é verdade que “sempre que um homem sonha o mundo pula e avança” e muito menos verdade é que isso aconteça com a mesma facilidade com que uma bola, colorida ou não, se deixa manipular pelas mãos seja de quem for.
 
Não é que não goste do poema. Muito pelo contrário – sei-o de cor e sempre que posso canto-o a plenos plumões. Acreditar na possibildade do sonho é ainda maior do que sonhar e os poetas têm esse poder – o de nos fazer acreditar na possibilidade dos sonhos.
 
Contudo, para quem quer mesmo transformar sonhos em realidade, é bom que saiba que só o poderá fazer se os seus sonhos coincidirem com os interesses dos controladores de sonhos, individuos que existem longe, muito longe, do alcance das comuns vistas e que têm o poder de matar todo e qualquer sonho que se interponha entre eles, os seus interesses egónicos e as suas crenças mesquinhas.
 
Assim, convém empenharmo-nos a ensinar às nossas crianças o Bem. Ensinar-lhes todas as vantagens e extrema importância do Bem. Porque é dentro desse Bem que mora a vergonha que impede, por exemplo, a corrupção e é dentro desse Bem que mora o Amor por tudo o que existe e o prazer de sentir que à nossa volta todos, ou quase todos, são felizes.
 
Desta forma, talvez daqui a muitos anos tenhamos colocado lá em cima, no lugar dos controladores de sonhos, gente que não precisa de provar, nem a si nem a ninguém, o seu poder de controlar mas antes a sua capacidade de Amar e espalhar esse Amor pelo mundo.
 
De outra forma, tudo o que se fizer de pouco ou nada servirá. Muitas guerras são perdidas por tácticas erróneas e aquelas que movimentam muita gente não têm segredos para um inimigo que é exímio em guerra de guerrilha.

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