É tão difícil compreender quem
cresce com valores diferentes dos nossos quanto mudá-los, mais de meio século
depois.
“Estranho” é a palavra que nos
vem à cabeça quando deparamos com reacções cuja interpretação nos foge, e
raramente temos abertura para qualquer tipo de análise, até porque isso
implicaria pormos em causa coisas que nos impingiram ao longo dos tempos e que
nós fomos comendo como quem come uma carcaça seca acreditando tratar-se da maçã
mais suculenta que qualquer macieira teve, algum dia, a gentileza de nos
oferecer.
É talvez esse o maior desafio
quando decidimos partilhar a nossa vida tardia com um outro alguém que cresceu
longe do nosso meio, do nosso mundo, do nosso planeta.
Estranho.
E, mais difícil ainda, é ter a
abertura suficiente para não nos deixarmos cair na tentação de provar que o
certo, o lógico, o “normal” está em nós. O outro é que tem comportamentos
desviantes, culturas limitadas, cresceres marginais.
2 comentários:
Estranho!
Muito estranho!
Estranhamente estranho...
Dolorosa e tristemente estranho.
Estranho!
Muito estranho...
Abraço.
Enviar um comentário