segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Estranhos

É tão difícil compreender quem cresce com valores diferentes dos nossos quanto mudá-los, mais de meio século depois.
 
“Estranho” é a palavra que nos vem à cabeça quando deparamos com reacções cuja interpretação nos foge, e raramente temos abertura para qualquer tipo de análise, até porque isso implicaria pormos em causa coisas que nos impingiram ao longo dos tempos e que nós fomos comendo como quem come uma carcaça seca acreditando tratar-se da maçã mais suculenta que qualquer macieira teve, algum dia, a gentileza de nos oferecer.
 
É talvez esse o maior desafio quando decidimos partilhar a nossa vida tardia com um outro alguém que cresceu longe do nosso meio, do nosso mundo, do nosso planeta.
 
Estranho.
 
E, mais difícil ainda, é ter a abertura suficiente para não nos deixarmos cair na tentação de provar que o certo, o lógico, o “normal” está em nós. O outro é que tem comportamentos desviantes, culturas limitadas, cresceres marginais.
 

2 comentários:

Majo disse...

Estranho!

Muito estranho!

Estranhamente estranho...

Dolorosa e tristemente estranho.

Majo disse...

Estranho!

Muito estranho...

Abraço.