sexta-feira, 30 de julho de 2010

António Feio


Lembro-me dele miúdo, tal como eu que a diferença de idades é mínima. Na época corria o boato que era filho do Engº Sousa Veloso e que, só por isso, aparecia na televisão. Dantes, como agora, as pessoas eram mazinhas e se agora é comum, por via das novelas, apareceram crianças a representar, quando éramos miúdos nem tanto. Logo, se uma aparecia, tinha de ser filha de alguém já conhecido...

Nunca achei grande piada às Conversas da Treta mas vi mais do que uma vez a peça Arte. Confesso que sempre gostei mais do José Pedro Gomes. António Feio lembra-me a vida, é tudo. Até na morte, me lembra a vida - a minha. É um raio de uma doença esta! São raros aqueles que ela poupa e, quanto às idades, anda sempre pelas mesmas...mais coisa menos coisa.

Que descanse em paz. Creio que o fará. Teve tempo e espírito para se preparar...

3 comentários:

CF disse...

Quanto à preparação, confesso que me incomoda. A consciência da proximidade da morte, é algo que me assusta. Talvez até passe um dia, não sei...

Jardineiro do Rei disse...

Eu acho que nunca ninguém está suficientemente preparado para morrer. Nem sei sequer o que é estar preparado para morrer. Receber a extrema unção... morrer por um ideal? Isso é estar preparado para morrer? E está-se preparado ou conformado? Eu creio que, no fundo, nem uma coisa nem outra. Entendo que o ser humano existe para viver. E o mistério da morte, o desconhecimento daquele momento em que a vida cessa, do que vem a seguir - se é que existe alguma coisa depois da morte... há-de causar sempre medo...
Mas dói mesmo é ser testemunha da luta tenaz e sem quartel, com laivos de esperança e momentos de derrota, que as pessoas travam contra essa doença terrível que é o cancro. Eu sei, porque vivi recentemente um drama desses...

Jardineiro do Rei

Sputnick disse...

Achas mesmo que teve?
Não creio.