A idade tem-me trazido, até à data, mais vantagens do que desvantagens.
Andei anos, muitos, a lutar com um estranho medo que me impedia de resolver pela negativa certas relações que, na verdade, nenhum bem me faziam mas que eu teimava em manter, vá lá saber-se porquê. Sempre que, por qualquer motivo, me deparava com a necessidade de me afirmar e de mandar àquela parte esta ou aquela pessoa, era um pesadelo que me tirava o sonho noites a fio e me ocupava o pensamento durante os dias em que ele me fazia tanta falta para outras coisas bem mais vantajosas. Desde a necessidade de despedir a mulher-a-dias até ao corte com um amigo que afinal não era, iam dias, às vezes meses, de preparação até já não ser possível encarar o dito e as coisas se resolverem por exaustão e abandono.
Quando me libertei desse medo, precisei de refrear todas as angústias guardadas ao longo dos anos e dizer a mim a mesma que passar do oito ao oitenta não é solução para nada e que há que discernir das razões de parte a parte.
Hoje estou mais calma, muito mais calma, e determinada. Enfim em paz comigo mesma, não me custa desligar do que não me interessa ainda que uma certa tristeza não deixe de se instalar, mas por pouco tempo. Se já não é o que antes foi, há que encarar a realidade e tomar medidas. Não deixo de ponderar acerca das minhas razões – há sempre a possibilidade de estar a ver a coisa de um ângulo errado – mas quando tenho razão não há quem ma tire e deixei de ter saco para más criações, burrices ou, o pior de tudo, o mais alarmante – a estupidez. E, se em tempos idos, senti necessidade de «recuperar» aqueles que eu, na minha extraordinária imodéstia, considerava «recuperáveis»; hoje acredito que cada um sabe de si, que cada um tem, com certeza, o seu próprio caminho que não me cabe a mim determinar.
Andei anos, muitos, a lutar com um estranho medo que me impedia de resolver pela negativa certas relações que, na verdade, nenhum bem me faziam mas que eu teimava em manter, vá lá saber-se porquê. Sempre que, por qualquer motivo, me deparava com a necessidade de me afirmar e de mandar àquela parte esta ou aquela pessoa, era um pesadelo que me tirava o sonho noites a fio e me ocupava o pensamento durante os dias em que ele me fazia tanta falta para outras coisas bem mais vantajosas. Desde a necessidade de despedir a mulher-a-dias até ao corte com um amigo que afinal não era, iam dias, às vezes meses, de preparação até já não ser possível encarar o dito e as coisas se resolverem por exaustão e abandono.
Quando me libertei desse medo, precisei de refrear todas as angústias guardadas ao longo dos anos e dizer a mim a mesma que passar do oito ao oitenta não é solução para nada e que há que discernir das razões de parte a parte.
Hoje estou mais calma, muito mais calma, e determinada. Enfim em paz comigo mesma, não me custa desligar do que não me interessa ainda que uma certa tristeza não deixe de se instalar, mas por pouco tempo. Se já não é o que antes foi, há que encarar a realidade e tomar medidas. Não deixo de ponderar acerca das minhas razões – há sempre a possibilidade de estar a ver a coisa de um ângulo errado – mas quando tenho razão não há quem ma tire e deixei de ter saco para más criações, burrices ou, o pior de tudo, o mais alarmante – a estupidez. E, se em tempos idos, senti necessidade de «recuperar» aqueles que eu, na minha extraordinária imodéstia, considerava «recuperáveis»; hoje acredito que cada um sabe de si, que cada um tem, com certeza, o seu próprio caminho que não me cabe a mim determinar.
Por isso, se não serve, que seja feliz. Sigam o vosso caminho, que eu seguirei o meu. Até porque quanto mais tempo aguentamos certas situações, menos hipóteses temos de nos cruzar com outros que até podem, quiçá, andar a passear pelos mesmos trilhos que nós…
3 comentários:
Concordo a 100%.
;)
Hum, como concordo. Ainda não cheguei à calma, que isto ás vezes demora. Vou no caminho :)
Como eu te compreendo...levei 10 anos a tomar uma resolução, mas um dia disse basta, quero envelhecer com paz de espirito! Solidão...sinto-a muitas vezes, mas mais vale uma solidão só... que mal acompanhada.
Amigos, alguns ficaram pelo caminho, mas os que realmente o são, continuam ao meu lado.
Gosto muito de te ler. Continua
T.F.
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