segunda-feira, 4 de outubro de 2010

De como o rádio matou o carro

Agora que a senhora aqui do lado já desligou o frenesim brasileiro, já vos posso contar como tudo aconteceu:
Há uma série de anos atrás, eu nasci...
Há uma série de anos atrás o rádio do meu carro (sim, é velhote), decidiu stressar sem motivo aparente e, quando eu o ligava, as estações sucediam-se ininterruptamente, como loucas, e o som, esse, nem ao longe... Levei-o ao mecânico que me disse que o rádio não tinha nada, para além de uma qualquer loucura, e que bastava desligar a bateria e voltar a ligá-la que o tipinho fazia reset; pedia-me o código e voilá! música no ar!
Como sou boa de aprender, quando passados mais uns anos (sim, é verdade, o carrito é velhote mesmo), aconteceu a mesma coisa, eu não fui de modas - desliguei-lhe a bateria; voltei a ligá-la; introduzi o código no rádio e resolvi, sozinha, a questão.
Anteontem, depois de ter passado quinze dias no mecânico que me levou o couro e parte do cabelo (felizmente tenho muito porque senão tinha ficado careca...), o rádio voltou a endoidar. Na altura não tinha chave que servisse na bateria e estacionei-o à porta de casa na promessa que, assim que saísse, desligava a porcaria da bateria.
Foi hoje de manhã. Mas, na pressa de chegar a Lisboa não deu para o fazer à porta de casa. Como o trânsito parecia de domingo cheguei suficientemente cedo para o fazer no parque de estacionamento da faculdade e, com a ajuda do jardineiro, lá desligámos a coisa.
Funcionou! Tal como de costume, o rádio ressuscitou. Alegria das alegrias! Ainda estive um bocadinho lá sentada, de sorriso estúpido nos lábios, a ouvir uma música qualquer, até ao momento em que o jardineiro disse - ponha-o lá a trabalhar.
Pimba! O rádio matou o carro! Tive de chamar o reboque! E por mais que o mecânico me diga que não tem nada uma coisa a ver com a outra, o facto é que o carro ainda trabalharia se não fosse o rádio...

1 comentário:

Inês disse...

Eles têm vontade própria... Ai pois têm! os carros e os rádios!!!