Olhar e ver o outro não é tarefa fácil. Por grande que seja, ou pretenda ser, a compreensão, o outro será sempre um estranho que habita fora de nós, das nossas necessidades, preocupações e, muitas vezes, interesses. Dizer que sabemos o que está a sentir é um acto de solidariedade e simpatia, mas não passa disso porque ainda que tenhamos partilhado esta ou aquela experiência, vivemo-la, com certeza, de forma diferente.
Há alguns dias li no i uma crónica do Alberoni que, entre outras coisas, defendia a importância, e a vantagem, da diferença no seio do casal. Que a diferença é uma porta aberta a novos mundos, que é enriquecedora, e por aí fora…a apologia da diferença! Não tenho essa experiência. A diferença afasta. As pessoas gostam de partilhar e não se partilha o que não se conhece porque não se viveu.
Não quer isto dizer que uma ou outra diferença, inevitável até, não seja um tempero, um bom tempero. Mas não passa disso, de um tempero. Não constitui base para aguentar uma relação. É no que há de comum que ela se sustém. Até porque todos temos a nossa dose de narcisismo e muito do amor que se tem pelo outro mais não é do que a admiração daquilo que reconhecemos em nós, e gostamos.
Há alguns dias li no i uma crónica do Alberoni que, entre outras coisas, defendia a importância, e a vantagem, da diferença no seio do casal. Que a diferença é uma porta aberta a novos mundos, que é enriquecedora, e por aí fora…a apologia da diferença! Não tenho essa experiência. A diferença afasta. As pessoas gostam de partilhar e não se partilha o que não se conhece porque não se viveu.
Não quer isto dizer que uma ou outra diferença, inevitável até, não seja um tempero, um bom tempero. Mas não passa disso, de um tempero. Não constitui base para aguentar uma relação. É no que há de comum que ela se sustém. Até porque todos temos a nossa dose de narcisismo e muito do amor que se tem pelo outro mais não é do que a admiração daquilo que reconhecemos em nós, e gostamos.
1 comentário:
Gostei dessa, dos temperos :)
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