Sempre, aquela sensação de vitória, de mudança, de liberdade. Sempre, aquela certeza de possibilidades infinitas. Sempre, aquilo que, ao fim e ao cabo, só pode existir, sempre, num limitadíssimo período de tempo. Sempre é coisa que não existe. Nada é sempre. Nada é para sempre.
Talvez o problema seja esse – desejamos tanto uma coisa, que muitas vezes não é mais do que uma mudança aquilo que desejamos, esquecendo-nos de desenhar a sua continuidade. Ou então, como nada é para sempre, precisamos de uma mudança de tempos a tempos. Hoje, que festejamos a última mudança, aproximamo-nos da necessidade de uma outra e, da mesma forma que não festejámos nada durante 41 anos, pelo menos que eu me lembre..., temos mais cinco para nos desligarmos destes festejos, que levam já 37 anos de existência, e começarmos a pensar em outros – os da próxima mudança.
Se fosse possível, o que eu duvido, seria excelente que desta vez fossemos capazes de desenhar um pouco melhor o futuro. Em vez de nos preocuparmos fundamentalmente com o ter, como nos preocupámos há 37 anos atrás - compreensivelmente já que a maioria tinha tão pouco - era bom que nos preocupassemos com o ser. Eu sei, está muito batido. Mas não deixa de ser urgente por isso.
No entanto, pelo andar da carruagem, não falta muito para que uma consideravel parte da população atinja o mesmo grau de pobreza que tinha há... precisamente, 37 anos atrás... isso pode dificultar um bocadinho as coisas... oh well, vale sempre a pena sonhar...
1 comentário:
O ser sim, o ser. Batido ou não, o ser...
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