A minha desassossegada filha que há cinco anos, ou talvez mais, se lançou na blogosfera com unhas e dentes e que andou alguns anos atrás de mim, a chatear-me que um blog era quase obrigatório e que não percebia porque é que eu não tinha um, fechou contas com a blogosfera, disse adeus aos desassossegos.
Não foi ao acaso o nome que escolheu para o sítio onde durante todos estes anos desabafou, barafustou e nos fez rir. O Blog do Desassossego espelhou bem a fase desassossegada da minha primogénita.
Hoje, quer fazer outras coisas, quer escrever outras coisas e os blogs têm esta particularidade de esgotar palavras - pela assiduidade, pela procura diária de algo para dizer, mesmo quando o que apetece dizer é nada. Por muito que se diga que é um canto nosso e que o ritmo é aquele que nós quisermos que seja, a verdade é que se se está uma semana ou duas sem escrever arriscamo-nos a voltar à estaca zero, isto é, voltarmos a escrever para ninguém...
No caso da Diana penso que se lhe esgotou, igualmente, o desassossego, e isso é bom. Tenho pena de já não a ter aqui - era uma forma de estar com ela sempre que me apetecesse. Mas fico feliz por sentir que ela, finalmente, sossegou.
3 comentários:
:)
beijinhos mãe, muitos
Penso exactamente o mesmo.
Como disse à Diana, as coisas só fazem sentido, enquanto fazem sentido.
Não precisamos do blogue para saber que ela está bem e que apesar das incertezas com que vivemos, tem finalmente alguma coisa - e alguém - que a faz sentir-se segura e confiante.
Há-de continuar inquieta - e ainda bem - mas já não desassossegada. E isso só pode ser uma boa notícia.
Tenho pena porque era um dos blogues que eu visitava regularmente. Beijinhos para ela e boa sorte para as outras escritas.
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