domingo, 3 de abril de 2011

A quem de direito

Para que, em Junho, me desloque às urnas, será necessário que:

 Fique, até lá, a saber exactamente o que se passa com o meu país. Todos os pormenores, mesmo os mais escabrosos – principalmente os mais escabrosos. Não me escondam nada.

 Tenha, até lá, o conhecimento de todas e cada uma das medidas que cada partido pretende tomar para resolver cada um dos problemas.

 Que os porta-vozes dos partidos me convençam da exequibilidade das medidas que defendem e da garantia que dão de que as cumprirão.

Caso estas reivindicações não sejam atendidas, não votarei e alhear-me-ei, tanto quanto me for possível, do facto de ser portuguesa e de viver em Portugal. Passarei a viver como têm vivido até aqui os gajos que têm os bolsos cheios e dormem bem todas as noites, aqueles a quem a crise afecta “só um bocadinho”.

É claro que não será possível ficar, como eles, rica de um dia para o outro. Mas deixarei de pertencer ao grupo dos “tansos” e estar-me-ei nas tintas para se continuamos a ser uma nação ou passamos a ser um protectorado qualquer desde que a minha vida me deixe respirar um bocadinho.

Sacrifícios fá-los-ei sob a garantia de que quem mexe os cordéis tudo fará para que os sacrifícios sejam partilhados duma forma igualitária por todos, e que TODOS fazemos parte do todo. Sem excepções.

3 comentários:

MB disse...

Acabou de descer na minha consideração aos trambolhões... é triste q uma mulher q tinha em conta de inteligente se prefira alhear, é q nem é original...

Alda Couto disse...

Bom, ainda bem que sentiu isso MB. É o que espero que sintam os "a quem de direito" que é para ver se isto vai para frente e se nós, os que nos preocupamos, trabalhamos e pagamos, conseguimos finalmente ter uma (ou mesmo mais) palavra a dizer.
Pode ser que eles se indignem como você se indignou - nunca se sabe - a esperança é a última a morrer.
Quanto ao resto, não se preocupe - eu sou, realmente, uma pessoa inteligente :) Acho até um desperdício que este país se arrisque a perder gente como eu (porque há mais. Há mais.):)

MB disse...

Ufff! Ora bem, Antigona, fiquei mto mais descansada...é q realmente o país não pode perder inteligente.