domingo, 2 de outubro de 2011

De intervalo em intervalo

Sem vontade e sem inspiração temo que por ora este cantinho vá sendo deixado ao abandono, não pelos leitores que nunca foram muitos, mas por mim.

Os temas politicamente correctos cansam-me e os outros inibem-me pelo que, ou me rendo à falta de reservas, ou me fico por este mesmo – a ausência dos ditos.

Não me apetece falar do tempo, o atmosférico, que me tem recordado um ano não muito distante em que cheguei a acreditar que o Natal seria brasileiro. Nem me apetece falar do tempo, o histórico, que me deprime de tal maneira, provavelmente por falta de modelo experiencial já que aquilo que aconteceu enquanto eu por cá não andava é algo que só posso imaginar e me aterroriza como a toda a gente. Nem sei falar de experiências, que as tenho vivido tão intensamente que ainda não tive tempo de as teorizar.

Portanto não falo de nada, limito-me a viver intensamente todas as expectativas que fervilham cá dentro e me arrastam ora para o céu ora para o inferno, esperando que a coisa se componha e eu possa, por fim, sossegar e contar-vos tudo o que me vai na alma.

5 comentários:

CF disse...

Olha, deixo-te um sorriso...

Sputnick disse...

tento fugir a esse estado. aparece amanhã na esplanada, pode ser que ajude :)

Paulo Abreu e Lima disse...

Se "uma Mulher não chora", uma Antígona não abandona Édipo! Isto se não criar complexos...

Vim da Mulher que não chora e, por o que li aqui, a Antígona terá muito que contar.

gina henrique disse...

È caso para dizer que , excepto os totalmente fúteis, todos conhecemos essa sensação umas vezes de apatia outras vezes de indiferença por tudo que nos rodeia, mas na verdade quando a agitação vai embora dá lugar ao sossego e à calma e lá regressamos nós ao ponto de partida.Assim sendo até lá:)

Inês disse...

Já não apareço para escrever, nem sei porquê, se não apareces para eu ler... então talvez te peça que, um dia, quando menos esperarmos, combinemos um cafezinho e fiquemos uns instantes numa qualquer esplanada cheia de sol... eu imagino-me a ouvir-te... tu, se quiseres... eu falo! Não desapareças!