Nos círculos sociais existem, para mim, três tipos de pessoas: as que julgo conhecer; as que sei quem são; e aquelas de quem tenho uma vaga ideia (geralmente fisiológica). Ontem fui de tal forma surpreendida por uma «sei quem são» que decidi abrir uma subcategoria – a das que julgo saber quem são.
Se a forma como nos relacionamos tem sempre alguma graça, a forma como nos vemos uns aos outros tem mais graça ainda. Criamos estereótipos, ou eles já estão criados – provavelmente já estarão – e vamos, ao longo da vida, enfiando lá para dentro as várias pessoas com quem nos vamos cruzando convencidos que sabemos o que estamos a fazer. Ontem tive a sensação que seria mais sensato classificar, se é de classificar que se trata, as pessoas pelas expressões que carregam no rosto do que por aquilo que elas dizem ou pela forma como manifestam o carácter que, normalmente, não querem revelar.
Os rostos revelam, quando se julgam não observados, o que na realidade vai na alma de cada um. Ele há rostos profundamente tristes, que parecem encerrar profundas perdas; há rostos profundamente plásticos que já se habituaram tanto a esconder o que sentem e o que são que agem como se estivessem permanentemente a ser observados; há rostos agressivos, desafiadores, de quem necessita de provar não se sabe bem o quê; há rostos felizes, alegres, de quem ou não tem ou soube deitar para trás das costas os infortúnios, nem que fosse só por um bocadinho…; há rostos profundamente opacos, ébrios, quase perdidos; e há rostos que emanam uma paz e uma tranquilidade incomuns. Ele há rostos para todos os gostos e olhares para todas as almas que, foi o que me pareceu ontem no meio de mais de cinquenta pessoas, dizem mais do que as bocas quando falam.
Se a forma como nos relacionamos tem sempre alguma graça, a forma como nos vemos uns aos outros tem mais graça ainda. Criamos estereótipos, ou eles já estão criados – provavelmente já estarão – e vamos, ao longo da vida, enfiando lá para dentro as várias pessoas com quem nos vamos cruzando convencidos que sabemos o que estamos a fazer. Ontem tive a sensação que seria mais sensato classificar, se é de classificar que se trata, as pessoas pelas expressões que carregam no rosto do que por aquilo que elas dizem ou pela forma como manifestam o carácter que, normalmente, não querem revelar.
Os rostos revelam, quando se julgam não observados, o que na realidade vai na alma de cada um. Ele há rostos profundamente tristes, que parecem encerrar profundas perdas; há rostos profundamente plásticos que já se habituaram tanto a esconder o que sentem e o que são que agem como se estivessem permanentemente a ser observados; há rostos agressivos, desafiadores, de quem necessita de provar não se sabe bem o quê; há rostos felizes, alegres, de quem ou não tem ou soube deitar para trás das costas os infortúnios, nem que fosse só por um bocadinho…; há rostos profundamente opacos, ébrios, quase perdidos; e há rostos que emanam uma paz e uma tranquilidade incomuns. Ele há rostos para todos os gostos e olhares para todas as almas que, foi o que me pareceu ontem no meio de mais de cinquenta pessoas, dizem mais do que as bocas quando falam.
3 comentários:
Se o rosto é o espelho da alma, por que nos interrugamos com alguma frequência, como serão as pessoas com quem nos cruzamos no nosso dia-a-dia?...
Cumprimentos.
Aparências, Amiga. Nada mais que actores frustrados perante as suas próprias vidas. E afinal é tão simples - basta deixarmo-nos Ser, e agir em conformidade. (por isso abomino esses jantares) :)
Perco-me tanto nessas deambulações Antígona :)
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